O técnico José Mourinho, atualmente sem time, foi condenado nesta terça-feira a um ano de prisão por fraude fiscal na Espanha. O português, contudo, não precisará cumprir a pena. Mas precisará desembolsar um valor de cerca de 2 milhões de euros (cerca de R$ 8,3 milhões) às autoridades espanholas como parte do acordo que fez na Justiça.
De acordo com os promotores espanhóis, ele deixou de declarar a renda obtida com direitos de imagem no período entre 2011 e 2012, com o objetivo de “obter lucros ilícitos”. No julgamento, Mourinho admitiu que deixou de pagar impostos neste período, em que esteve no comando do Real Madrid – ficou no clube entre 2010 e 2013.
Assim, o português e seus advogados entraram em acordo com os promotores espanhóis durante rápida audiência realizada nesta terça-feira, em Madri. Por admitir o crime, o treinador foi punido com pena de prisão de um ano, o que não lhe causará maiores consequências. Pela legislação espanhola, sentenças de dois anos ou menos à prisão para réus primários podem ser suspensas.
Segundo a Receita Federal da Espanha, Mourinho teria deixado de pagar 3,2 milhões de euros (R$ 13,4 milhões) em 2011 e 2,8 milhões de euros (R$ 11,7 milhões) em 2012. Segundo o português, quando deixou a Espanha, em 2013, ele tinha a informação de que estava com todos os seus impostos devidamente pagos. Anos depois, alegou, foi pego de surpreso com a denúncia.
Mourinho está sem clube desde que foi demitido do Manchester United, em dezembro do ano passado. Desde então, não foi cogitado no noticiário europeu para defender outros clubes. Desde sua saída, o United se recuperou no Campeonato Inglês e emplacou uma sequência de oito jogos sem derrota, sem sete vitórias (seis seguidas) e um empate, agora sob o comando de Ole Gunnar Solskjaer.