O CT do Flamengo que foi atingido por um incêndio que matou dez pessoas e deixou três feridos não estava com a documentação regularizada junto ao Corpo de Bombeiros. Segundo a corporação, o local não possuía o Certificado de Aprovação (CA), documento que atesta que a instalação está de acordo com a legislação vigente no que diz respeito a dispositivos contra incêndio.
A informação foi confirmada pelo Corpo de Bombeiros Militares do Rio de Janeiro (CBMERJ), que ressaltou, contudo, que isso não significa que o CT não fosse seguro. “Importante esclarecer que a não existência do CA não significa, por si só, que o local não possuía os dispositivos, e sim que não era aprovado pelo CBMERJ”, ressaltou a corporação.
Os bombeiros informaram ainda que o CA “não se trata de alvará de funcionamento (documento exigido para estabelecimentos comerciais) ou habite-se (para imóveis residenciais). Estes documentos são emitidos pela Prefeitura do Rio de Janeiro”, mas que o documento faz parte de um processo de legalização de edificações que envolve outros órgãos.
De acordo com suspeitas iniciais, cogitadas por jogadores e até pelo vice-governador Cláudio Bomfim de Castro e Silva, a explosão de um aparelho de ar-condicionado teria sido a causa do incêndio. Ele afirmou, no entanto, que ainda é cedo para dizer se houve um problema no aparelho ou na corrente elétrica. Técnicos da Light estavam esta manhã no local para assessorar a perícia.
Castro confirmou que quatro dos dez corpos já foram retirados do centro. Ele informou que uma força tarefa de funcionários do Instituto Médico Legal (IML) está a postos para receber os corpos e fazer o trabalho de identificação. O teste de DNA deverá ser usado já que os corpos estão muito carbonizados. O vice-governador informou que, em princípio, os mortos são atletas do time de base do Flamengo, mas que poderia haver funcionários entre as vítimas.