Os juros futuros terminaram a sessão regular em baixa e nas mínimas, mas com volume baixo de contratos negociados. A sexta-feira, 30, foi de noticiário mais fraco no que diz respeito às reformas e de agenda relevante – com dados do setor público consolidado e de emprego da Pnad Contínua -, mas que não chegou a fazer preço no mercado de renda fixa. Assim, o principal vetor de queda para as taxas citado pelos profissionais nas mesas de operação foram os ajustes nas carteiras de fundos em função do fechamento do semestre.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2018 (117.900 contratos) fechou na mínima de 8,940%, de 8,985% no ajuste de quinta. A taxa do DI para janeiro de 2019 (124.095 contratos) encerrou em 8,91% (mínima), de 8,99% no ajuste anterior. Nos longos, a taxa do DI para janeiro de 2021 (156.970 contratos) caiu de 10,18% para 10,08%; e a do DI janeiro de 2023 (39.435 contratos), de 10,64% para 10,54%.
O movimento de queda dos juros foi definido no período da tarde, quando as taxas renovaram mínimas em sequência. Segundo o trader de renda fixa da Quantitas Asset Matheus Gallina, a explicação para tal trajetória vem do calendário. “Hoje é fechamento de semestre e os fundos ajustam suas carteiras. Não tem informação nova”, disse. Este é um período determinante para o pagamento das taxas de performances dos fundos multimercados, que na maioria estão vendidos em taxa. “Quanto mais a taxa cai, mais melhora a performance do fundo”, afirmou.