Aos 68 anos, dos quais 44 como diretor e executivo do Grupo Fiat, Cledorvino Belini anunciou sua aposentadoria da empresa. Ao mesmo tempo, avisou que seguirá na ativa como consultor de empresas na área de gestão, membro de conselhos de administração e também à frente de negócios próprios no setor de construção e hotelaria.
Belini ocupou vários cargos em unidades do grupo italiano no Brasil. Por 11 anos, até 2015, presidiu a Fiat Automóveis, período em que a marca foi líder em vendas de veículos e comerciais leves no País. Hoje, está em segundo lugar, atrás da General Motors.
Nesse intervalo, também presidiu a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), de 2010 a 2013, coincidentemente os quatro melhores anos para a indústria automobilística brasileira, com vendas anuais que variaram de 3,5 milhões a 3,8 milhões de veículos.
Crise
Atualmente, o setor vive uma das piores crises de sua história, com vendas de pouco mais de 2 milhões de unidades.
Belini foi responsável, há dois anos, pela instalação da fábrica da Jeep em Goiana (PE), a primeira unidade conjunta do grupo formado da junção global da marca italiana com a americana Chrysler – a FCA Automobiles (FCA).
Desde o fim de 2015, Belini presidia a área de desenvolvimento da FCA para a América Latina, após ter sido substituído na presidência pelo também brasileiro Stefan Ketter, que comandou toda a parte técnica da construção e das operações da fábrica pernambucana, considerada a mais moderna do grupo italiano.
“Este é um momento natural na carreira de todo executivo. O importante é estar preparado para a nova etapa da vida profissional, em que podemos nos concentrar mais em assuntos estratégicos, sem tantas pressões no dia a dia”, disse Belini, em comunicado.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.