Mais dois torcedores da Ponte Preta, Carlos Daniel Sampaio e Bruno Barros, foram condenados nesta quarta-feira pela morte de Anderson Ferreira, torcedor do Guarani assassinado em 2012 após uma briga em rodada dupla de dérbis das categorias de base dos clubes. Julgados em júri popular, no Fórum de Campinas, os dois são os últimos dos sete torcedores da Ponte Preta condenados pelo crime.
Assim como os outros cinco torcedores alvinegros envolvidos no caso, Bruno e Daniel foram condenados a 19 anos de prisão em regime fechado. Quatro deles já são considerados foragidos por não manterem seus endereços atualizados. O juiz responsável é José Henrique Rodrigues Torres, da 1.ª Vara do Júri de Campinas.
A briga entre os rivais, ponte-pretanos e bugrinos, aconteceu após jogos do sub-15 e do sub-17 das equipes de Campinas. Depois da vitória alvinegra por 2 a 1, em um dos duelos, alguns torcedores da Ponte Preta retornaram para o Moisés Lucarelli sob escolta; outros, porém, retornaram ao Brinco de Ouro, o que iniciou a confusão.
Anderson Ferreira acabou atingido por pedradas e barra de ferro e teve traumatismo craniano e torácico. Morreu três dias depois, no Hospital Municipal Mário Gatti. Oito ponte-pretanos, incluindo um adolescente, foram presos por envolvimento no caso. Sete foram condenados com rigor.
Rodrigo de Aguiar Lopes, Jefferson Nery da Silva, Paulo Henrique de Souza Pires Sigoli, Valdir Bajano Junior e Anderson Ricardo da Silva receberam condenação de 19 anos de prisão em regime fechado, mas recorrem da decisão em liberdade. Os outros dois, condenados agora, também vão recorrer.