A ausência das bolsas de Nova York e a escassez de notícias relevantes no cenário doméstico geraram um pregão de poucos negócios e oscilações mínimas na bolsa nesta terça-feira, 4. O Índice Bovespa oscilou em um intervalo bastante estreito e fechou próximo da estabilidade, aos 63.231,58 pontos (-0,08%). Os negócios somaram R$ 2,5 bilhões, cerca de um terço da média das últimas semanas.
O feriado de 4 de Julho nos Estados Unidos (independência) tirou de cena os investidores estrangeiros, inviabilizando também as operações de arbitragem entre ações negociadas aqui e em Nova York. Já o cenário político foi responsável por manter o mercado em compasso de espera durante todo o dia, na expectativa por duas importantes definições: o anúncio do relator da denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente Temer, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, e a votação do regime de urgência na votação da reforma trabalhista, no plenário do Senado.
Na análise por ações, os papéis da Vale foram destaque negativo do dia, depois de diversas sessões de ganhos recentemente. As ações foram corrigidas em sintonia com a queda de 1,64% do minério de ferro no mercado à vista chinês. Vale ON e PNA recuaram 0,10% e 0,15%, respectivamente. Já os papéis da Petrobras avançaram 0,30% e 0,57%, em sintonia com o comportamento levemente positivo do petróleo nas bolsas internacionais. Ontem, a petrolífera anunciou aumento de 1,8% para a gasolina e de 2,7% para o diesel nas refinarias, dentro da nova sistemática de mudanças nos preços dos combustíveis.
Já as ações do setor financeiro, grupo de maior peso na composição do Ibovespa, tiveram desempenho essencialmente negativo, com exceção de Banco do Brasil ON (+0,52%) e Bradesco PN (+0,14%). Depois de dois pregões com a liquidez prejudicada pelo feriado nos Estados Unidos, a expectativa é pelo restabelecimento dos volumes de negócios a partir de amanhã. Na agenda internacional está prevista, amanhã, a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA).