O governo mantém a previsão de que a reforma trabalhista será votada na próxima terça-feira, 11, no plenário do Senado. Mesmo com pesquisas que indicam um placar apertado para a aprovação do projeto que precisa do apoio de 41 senadores, a base governista no Congresso mantém o calendário costurado há alguns dias, segundo pessoas que acompanham o tema no Congresso. Enquanto isso, segue a articulação para convencimento de um grupo de cinco senadores que demonstraram estar indecisos sobre o tema.
Há uma semana, o Palácio do Planalto previa 43 senadores favoráveis ao projeto no plenário. A pesquisa mais recente indica que um deles não acompanhará o governo e deve votar “não”. Assim, o governo agora conta apenas com um voto a mais que o mínimo necessário.
Diante dessa margem mínima naquela que é considerada “a mais fácil das reformas” por precisar de maioria simples no plenário – a da Previdência exige três quartos -, o Palácio do Planalto tem se desdobrado para tentar derrubar a denúncia contra Temer e, ao mesmo tempo, convencer cinco senadores que ainda estão em dúvida sobre a reforma trabalhista.
O esforço é direcionado a Dario Berger (PMDB-SC), Lasier Martins (PSD-RS), Magno Malta (PR-ES), Omar Aziz (PSD-AM) e Ronaldo Caiado (DEM-GO). Esses senadores reconhecem pontos favoráveis da reforma, mas criticam itens do projeto ou a tramitação do texto na Casa. No grupo, Magno Malta parece ser o mais inclinado a votar com o governo. O Planalto, porém, acredita que poderá convencer os demais.