O Chelsea recebeu nesta sexta-feira uma dura punição da Fifa. Após concluir uma investigação iniciada no mês passado, o órgão máximo do futebol mundial descobriu que o clube de Londres está violando regras para assinar com jogadores que têm menos de 18 anos de idade e como pena terá de ficar fora do mercado de transferências em junho de 2019 e janeiro de 2020, só voltando à ativa em junho do ano que vem.
Além da proibição de contratar jogadores neste período – apenas está habilitado a vender jogadores -, o Chelsea foi ainda multado em cerca de 530 mil euros (R$ 2,25 milhões), enquanto que Associação de Futebol da Inglaterra (FA, na sigla em inglês) terá também de pagar 450 mil euros (R$ 1,92 milhão). O clube londrino tem 90 dias para regularizar a situação dos jogadores menores e já anunciou que vai recorrer desta decisão para o Comité de Apelação da Fifa e, se necessário, à Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês).
Em janeiro foi confirmada a investigação da Fifa sobre a forma como o Chelsea tem negociado para fechar contratos com mais de 100 jogadores, todos com menos de 18 anos. O jornal britânico The Guardian revelou que a entidade encontrou 29 violações do Artigo 19, que trata das infrações mais graves relacionadas aos registros de menores.
A regra da Fifa diz que clubes não podem contratar jogadores estrangeiros com menos de 18 anos, exceto nos casos em que os pais dos atletas se mudaram para o país de destino por motivos não ligados ao futebol – ou nas situações em que clube e jogadores estão a menos de 50 km da fronteira do país de origem do jovem. A exceção da entidade se aplica para transferências de atletas entre 16 e 18 anos feitas dentro da União Europeia.
A resposta do Chelsea é que, de todos os jogadores apontados, somente alguns assinaram contratos com o clube. Outros passaram apenas por testes.