Os juros longos operam em alta nesta quinta-feira, 13, em sintonia com o dólar e à espera do leilão de títulos do Tesouro, que costuma atrair investidores estrangeiros, e também de desdobramentos dos debates sobre a denúncia contra o presidente Michel Temer na CCJ da Câmara, que abriu a sessão às 9h, e da condenação em primeira instância do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No Congresso, já é considerada uma possível absolvição de Temer na Comissão de Constituição e Justiça como resultado das manobras dos governistas – troca de integrantes da comissão e liberação de emendas parlamentares. A tropa de choque de Temer vai tentar abreviar as discussões na CCJ a fim de tentar colocar o tema em votação na comissão ainda nesta quinta de modo que o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) possa ser analisado pelo plenário já nesta Sexta-feira (14).
O presidente Michel Temer deve sancionar sem vetos, nesta quinta, a lei que trata da reforma trabalhista. A ideia é sancionar o texto aprovado pelo Senado na íntegra para depois, na MP que ainda será elaborada, revogar os artigos que foram acordados com os senadores.
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), sinalizou que o governo não editará hoje a MP. Pelo Twitter, o senador afirmou que nesta quinta-feira pela manhã “haverá uma minuta de MP que será enviada a todos os senadores”.
Já o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), falou ao Broadcast Político que sua disposição em colocar em pauta a votação da MP que Temer pretende editar dependerá do texto. Ele afirmou também que é importante que o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), como presidente do Congresso, coordene as articulações em torno dos acordos.
Nesse sentido, no Congresso, foi antecipada de segunda-feira para esta quinta-feira a votação do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2018. Na quarta-feira, a Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou o texto base da LDO.
Às 9h29 desta quinta-feira, o dólar à vista subia 0,30%, aos R$ 3,2187. O dólar futuro para agosto avançava 0,28%, aos R$ 3,230. Na renda fixa, o DI para janeiro de 2019 estava a 8,65%, de 8,64% no ajuste da véspera, enquanto o DI para janeiro de 2021 estava em 9,77%, de 9,76% no ajuste anterior.
Sem impacto sobre os ativos locais, foi divulgado que o volume de serviços prestados teve alta de 0,1% em maio ante abril, na série com ajuste sazonal, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na comparação com maio do ano anterior, houve redução de 1,9% em maio deste ano, já descontado o efeito da inflação. A taxa acumulada pelo volume de serviços prestados no ano ficou negativa em 4,4%, enquanto o volume acumulado em 12 meses registrou perda de 4,7%.