Os analistas de mercado ouvidos pelo Ministério da Fazenda pioraram todas as suas projeções para as contas públicas no boletim Prisma Fiscal de julho. O documento, divulgado na manhã desta quinta-feira, 13, pela Secretaria de Política Econômica (SPE) da pasta, mostra que os agentes continuam apostando que o Governo Central não conseguirá cumprir a meta de resultado primário de 2017 e terá um desempenho apenas suficiente para chegar na meta de 2018.
A mediana das projeções do mercado para o déficit neste ano passou de R$ 142,051 bilhões para R$ 145,268 bilhões, ficando mais distante da meta de saldo no vermelho em 2017, de R$ 139 bilhões.
Já para 2018, os analistas projetaram um déficit de R$ 129 bilhões, exatamente na meta estipulada para o próximo ano. No boletim de junho, as previsões indicavam o saldo negativo de R$ 127,446 bilhões, ou seja, com uma certa folga em relação à meta.
Os resultados pioraram porque o Prisma deste mês revisou para baixo as previsões do mercado para a arrecadação. Em 2017 essa estimativa caiu de R$ 1,345 trilhão para R$ 1,340 trilhão. Para 2018, estimativa recuou de R$ 1,451 trilhão para R$ 1,439 trilhão.
Já a estimativa para a receita líquida do Governo Central neste ano também caiu de R$ 1,144 trilhão para R$ 1,139 trilhão, enquanto para o próximo ano passou de R$ 1,230 trilhão para R$ 1,211 trilhão.
Com isso, pelo lado do gasto, a projeção de despesas totais do Governo Central este ano caiu de R$ 1,290 trilhão para R$ 1,286 trilhão. Para 2018, a estimativa passou de R$ 1,356 trilhão para R$ 1,350 trilhão.
Devido à piora no resultado fiscal esperado pelos analistas, a mediana das projeções do Prisma para a Dívida Bruta do Governo Geral ao fim de 2017 passou de 75,47% do PIB para 75,60% do PIB. Para 2018, a estimativa que estava em 78,60% do PIB em maio caiu para 78,67% do PIB no relatório de hoje.
Curto Prazo
O Prisma também atualizou as projeções fiscais para este e para os próximos dois meses. Para julho, a estimativa de déficit primário passou de R$ 16,837 bilhões para R$ 13,120 bilhões. Para agosto, a previsão de saldo negativo passou de R$ 19,000 bilhões para R$ 19,838 bilhões. Para julho, a projeção de rombo passou de R$ 23,932 bilhões para R$ 25,000 bilhões.