Economia

Fiesp: nível de emprego na indústria cai 0,18% em junho, com ajuste sazonal

O nível de emprego na indústria paulista caiu 0,18% em junho ante maio na série com ajuste sazonal, informou o Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon), da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp) nesta sexta-feira, 14. Sem ajuste sazonal, a queda foi de 0,44%, calculada a partir da demissão de 9,5 mil trabalhadores no mês. Na comparação com junho de 2016, o recuo no nível de emprego foi de 3,81%, com menos 86 mil trabalhadores empregados.

Contudo, no primeiro semestre, o nível de emprego, segundo a Fiesp, subiu 0,47% na comparação com o mesmo período do ano passado, com criação de 10 mil postos de trabalho. Esse é o melhor resultado desde 2013. Na comparação nos primeiros semestres dos últimos três anos, as demissões somaram 1 mil, 62,5 mil e 57,5 mil, respectivamente.

A Fiesp cita a aprovação da reforma trabalhista como um dos fatores que explicam uma expectativa mais favorável em relação ao emprego no setor no segundo semestre.

“Neste 1º semestre tivemos três meses positivos e três negativos. Estamos em fase de transição. Esperamos uma retomada mais pronunciada do emprego na indústria no 2º semestre. A regulamentação da terceirização, a emenda constitucional do teto dos gastos públicos, a nova legislação da exploração do petróleo, e agora a aprovação da reforma trabalhista, são um conjunto de medidas que devem reativar a economia do País dando mais ânimo para as contratações”, avalia a federação em nota.

Entre os 22 setores acompanhados pela pesquisa, 17 registraram saldo negativo de empregos, quatro ficaram estáveis e apenas o setor de couro e calçados gerou vagas em junho (233). Os destaques negativos foram os segmento de produtos alimentícios, com fechamento de 2,3 mil vagas; impressão e reprodução de gravações (-1.332); bebidas (-1.302); e móveis (-1.118).

Tanto o interior (-0,4%) quanto a Grande São Paulo (-0,52%) fecharam postos de trabalho em junho. Botucatu teve o pior desempenho entre as 36 diretorias regionais, com recuo de 4,34%, influenciado por confecção de artigo do vestuário (-32,53%) e produtos alimentícios (-0,42%). Em contrapartida, Jaú registrou o maior número de contratações (1,13%), com a ajuda dos setores de produtos de metal (18,18%) e produtos alimentícios (1,16%).

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