O Cruzeiro conquistou uma importante vitória na estreia da Libertadores. A equipe visitou o Huracán em Buenos Aires, nesta quinta-feira, e superou o adversário no gramado encharcado do estádio El Palacio para triunfar por 1 a 0. Rodriguinho, no primeiro tempo, marcou o único gol do confronto.
O nível técnico da partida foi muito prejudicado pela forte chuva que caiu na capital argentina, principalmente no primeiro tempo. Se não exibiu o futebol que se espera da equipe ao longo da temporada, o Cruzeiro foi preciso para aproveitar uma de suas poucas oportunidades e soube se defender para impedir as investidas do Huracán.
Foi uma vitória sobre aquele que, em teoria, é o adversário mais forte do Grupo B, no qual o Cruzeiro larga na liderança. Na segunda rodada, quarta que vem, a equipe enfrenta o Deportivo Lara-VEN, mas antes as atenções voltam-se para o Tombense, domingo, no mesmo estádio, pelo Campeonato Mineiro.
Com a forte chuva e o gramado bastante encharcado, o Cruzeiro não conseguiu exercer seu jogo de toque de bola nesta quinta. Talvez por isso, deixou a posse nos pés do Huracán e só levou perigo pela primeira vez em uma jogada pelo alto. Aos 12 minutos, Rodriguinho cabeceou dividindo com a defesa após escanteio da direita. Antony Silva fez boa defesa.
O Huracán tentava em estocadas pelo lado direito, nas costas de Egídio, que parecia um pouco perdido em campo, enquanto o Cruzeiro buscava o contra-ataque. O que se via, no entanto, era um confronto muito truncado no meio de campo, sem grandes emoções.
Mas em um dos poucos momentos que Robinho recebeu com liberdade pelo meio, o gol saiu. Esperto, ele encontrou ótima enfiada pelo alto para Rodriguinho, evitando que a bola parasse na água. O meia se colocou atrás do marcador e conseguiu a finalização cruzada para abrir o placar.
O gol deixou o Cruzeiro ainda mais retraído, buscando um contragolpe para matar o jogo. O Huracán, então, se lançou ao ataque. Aos 36, Gamba foi atrapalhado pela água quando finalizaria em ótimas condições. Três minutos mais tarde, Fábio se atrapalhou na saída do gol e deu um susto na torcida.
Gamba era o homem mais perigoso do ataque argentino, quase sempre nas costas de Egídio, mas o lateral respondeu nos acréscimos e quase ampliou após bela tabela com Rafinha. Silva salvou.
A chuva deu uma trégua no segundo tempo, o estado do gramado melhorou e o Cruzeiro conseguiu controlar melhor o adversário nos primeiros minutos, mantendo a posse de bola no ataque. Aos nove, Fred teve a chance de ampliar após cruzamento de Edilson, mas errou a cabeçada.
Se a posse era cruzeirense, faltava velocidade para transformá-la em chances. E se não tinha o controle da bola, o Huracán passou a apostar nos lançamentos longos. Em um deles, Auzqui recebeu nas costas da defesa, driblou Fábio, mas não conseguiu finalizar em cheio, facilitando o corte de Murilo, que mesmo assim quase se atrapalhou.
Com a pressão aumentando, Mano Menezes tirou Rodriguinho e colocou o zagueiro Fabrício Bruno. A pressão aumentou, o Huracán rondou a área adversária, mas não conseguia assustar de fato o goleiro Fábio. Até que aos 46, Salcedo ajeitou de cabeça e Lucas Barrios mandou para a rede, mas o árbitro anulou, assinalando impedimento.
FICHA TÉCNICA:
HURACÁN 0 X 1 CRUZEIRO
HURACÁN – Antony Silva; Cristian Chimino, Federico Mancinelli, Saúl Salcedo e Alderete; Israel Damonte (Toranzo), Iván Rossi, Carlos Auzqui (Javier Mendoza) e Roa (Chávez); Lucas Barrios e Lucas Gamba. Técnico: Antonio Mohamed.
CRUZEIRO – Fábio; Edilson, Léo, Murilo e Egídio; Henrique, Lucas Romero (Ariel Cabral), Robinho, Rodriguinho (Fabrício Bruno) e Rafinha (Marquinhos Gabriel); Fred. Técnico: Mano Menezes.
GOL – Rodriguinho, aos 29 minutos do primeiro tempo.
ÁRBITRO – Diego Haro (Fifa/Peru).
CARTÕES AMARELOS – Roa, Gamba (Huracán); Rafinha, Lucas Romero, Murilo, Léo, Fred, Egídio (Cruzeiro)
RENDA E PÚBLICO – Não disponíveis.
LOCAL – Estádio El Palacio, em Buenos Aires (Argentina).