O BTG Pactual registrou lucro líquido de R$ 1,002 bilhão no intervalo de julho a setembro deste ano, estável em relação ao observado um ano antes, quando atingiu R$ 1,003 bilhão. Ante o segundo trimestre do ano o lucro cresceu 2,5%. Pelo critério ajustado, o lucro foi a R$ 1,016 bilhão, recuo de 5% na base anual, porém um aumento de 3% em comparação com o observado ente abril e junho deste ano.
"Estamos muito orgulhosos com o resultado apresentado em todas as linhas de negócio, principalmente nas franquias de cliente, com recorde de captações e chegando a mais de R$ 550 bilhões em ativos sob gestão e custódia. Além disso, em linha com nossa estratégia de manter a robustez do nosso balanço, obtivemos os melhores índices de capitalização e liquidez da indústria. Continuamos a cumprir o nosso papel de apoiar a economia com a concessão de crédito para clientes atuando em diversos setores de atividade, mantendo a alta qualidade do nosso portfólio", afirmou, em nota enviada à imprensa, o presidente do banco, Roberto Sallouti.
No terceiro trimestre do ano os ativos sob gestão do BTG atingiram R$ 329,3 bilhões, alta de 29% em um ano e de 8% ante o trimestre anterior, já mostrando crescimento de sua plataforma digital, diante de uma ofensiva no período que envolveu aquisições.
Na pandemia, o BTG tem emprestado mais. Sua linha de crédito corporativo registrou receita de R$ 425 milhões no terceiro trimestre do ano, alta de 106% em um ano e de 40% ante o visto no primeiro trimestre, melhor trimestre da história do banco. No período, o negócio de crédito voltado às pequenas e médias empresas (PMEs), por meio de antecipação de recebíveis via plataforma digital, atingiu um portfólio de R$ 5,8 bilhões. A carteira de crédito corporativo foi a R$ 68,29 bilhões no período, alta de 74% em um ano e de 19,4% ante o visto no segundo trimestre.
A receita total do banco no terceiro trimestre ao ano atingiu R$ 2,478 bilhões no intervalo analisado. Ante o mesmo intervalo de 2019 o número representa aumento de 13,5% e estável em relação ao período imediatamente anterior.
O retorno anualizado sobre o patrimônio líquido (ROAE) foi a 15,7% no trimestre passado, ante 20,8% no terceiro trimestre do ano passado e de 17,5% de abril a junho.
O patrimônio líquido do BTG no período findo em setembro foi a R$ 26,049 bilhões, expansão de 25,1% na relação anual e de 16% em relação aos três meses prévios. O índice de Basileia no terceiro trimestre foi de 17,5%, ante 15,1% um ano antes e de 19,6% em junho deste ano.
Já a linha de ativos totais do banco foi a R$ 253,2 bilhões, avanço de 50,7% ante o visto no mesmo intervalo do ano anterior. Ante o segundo trimestre do ano o aumento foi de 9%.
<b>Plataforma digital</b>
Mesmo ainda não abrindo os números de sua plataforma digital, o BTG Pactual já mostrou em seu demonstrativo financeiro que começou a colher os frutos do crescimento da plataforma, após uma ofensiva que incluiu aquisições e lançamento de serviços bancários.
No documento que acompanha o seu demonstrativo financeiro, o BTG aponta que na gestão de recursos de terceiros e em fortunas houve captação recorde no acumulado do ano atingindo R$ 81,1 bilhões.
Desse valor, os ativos sob gestão total de ambas as franquias chegaram em R$ 550,8 bilhões no trimestre. Em gestão de terceiros somou no final de setembro R$ 329,3 bilhões, aumento de 8,3% em relação ao segundo trimestre. Em gestão de fortunas encerrou o período em R$ 221,5 bilhões, avanço de 14,6% em comparação ao trimestre anterior.
O BTG frisa que lançou em setembro os serviços bancários à sua plataforma, com o objetivo de torná-la completa. "Até o momento, os serviços bancários são oferecidos apenas aos clientes da nossa plataforma de investimento e planejamos atrair novos clientes a partir do primeiro trimestre de 2021", segundo a instituição financeira.
Ainda nos últimos meses o BTG atraiu escritórios de agentes autônomos, aproveitando do caixa que fez em sua última oferta de ação e anunciou mais recentemente a compra da corretora Necton.