Será votado nesta quarta-feira, 08, no Congresso Nacional, pontos da Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte (LRFE), que no entender dos dirigentes de AD Guarulhos e Flamengo, que disputa a Série A3 do Campeonato Paulista, irão contribuir de forma positiva, além de forçar os clubes a criarem novos mecanismos saudáveis de gestão.
“Na prática é algo que já deveria ter acontecido com todos os clubes do País, até por que deve se gastar apenas o que tem em caixa. Com isso, principalmente com os clubes menores, a tendência é a de existir uma queda salarial. Atualmente o mercado está super valorizado com atletas de Série A2 e A3”, declarou o presidente do conselho deliberativo do Flamengo, Edson David Filho.
Integrante da 4ª divisão do futebol paulista, a AD Guarulhos, representada pelo mandatário Ricardo Agea compartilha da mesma opinião que o dirigente do rival regional. No entendimento dele, a lei vai proporcionar que os gestores possam desenvolver planejamentos adequados com a sua atual realidade.
“Para nós será ótimo. Sempre coloquei o boné onde podia alcançar e mesmo assim sempre encontre dificuldades para pagar os atletas, porém, sempre tratei com os mesmos com muita transparência. Essa lei só poderá ser cumprida se os tetos salariais forem reduzidos, pois tem estrela ganhando muito e muito carregador de piano ganhando pouco”, justificou Agea.
Em encontro realizado na última quinta-feira, 02, no Rio de Janeiro, entre Bom Senso F.C., CBF e sindicatos da categoria, ficou estabelecido a forma como será gerido o órgão fiscalizador dos clubes. Ele terá a responsabilidade de averiguar as contas dos mais de 600 agremiações do País e definir sanções em caso de desrespeito ao Fair Play Financeiro e do cumprimento das 300 parcelas negociadas em relação á dívidas com o Governo Federal.
“Caso seja aprovada, o dirigente caso não cumpra os valores acordados e, principalmente por ele responder com seu próprio patrimônio deve mudar este cenário, até por que o futebol atual está inflacionado. No entanto, isso acarreta a deficiência econômica por falta de investimento e de visibilidade dos campeonatos”, ressaltou.
Serão criados, a partir da aprovação da lei pelo Congresso Nacional, dois conselhos denominados de representativo, formado por representantes da CBF, Clubes, Associação Brasileira de Executivos de Futebol, Federação Brasileira de Treinadores de Futebol, Federação Nacional dos Atletas de Futebol, Patrocinadores e Associação Nacional de Árbitros, e o executivo será composto pelas indicações e devidamente aprovadas pela OAB e outros órgãos. No entanto, este conselho não conta com a participação da mídia, que detém os direitos de transmissão e compra campeonatos.