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Diego Souza marca, Botafogo goleia mesmo sem encantar e ainda sonha com vaga

O Botafogo esteve longe de encantar nesta quinta-feira, mas goleou e manteve viva a esperança de avançar às semifinais da Taça Rio. O time alvinegro mais uma vez exibiu um futebol pouco inspirado e se aproveitou da fragilidade da Portuguesa para vencer por 4 a 1, no Engenhão, pela penúltima rodada do segundo turno do Campeonato Carioca, com direito a gol de Diego Souza.

Apesar do triunfo, a situação do Botafogo na Taça Rio e, consequentemente, no Carioca segue delicada. A equipe ocupa a quarta colocação do Grupo C, com oito pontos. Para avançar, precisa vencer o Americano domingo, em Bacaxá, e torcer contra Cabofriense e Flamengo, de quem ainda teria que tirar uma diferença de quatro gols no saldo – no momento, o time rubro-negro tem vantagem de 7 a 3 para o alvinegro.

Por isso, nem mesmo a goleada desta quinta animou muito os pouco mais de mil pagantes que se aventuraram a ir ao Engenhão. Diante do pior time do Carioca, que somou apenas dois pontos em toda a competição até o momento, o Botafogo não conseguiu impor sua superioridade técnica e sofreu, especialmente no primeiro tempo.

Se começou empolgante, com a grande chance desperdiçada por Diego Souza logo no primeiro minuto, logo o Botafogo exibiu as mesmas falhas de toda a competição e viu a Portuguesa crescer. Com muitos erros na saída de bola, o time alvinegro permitiu as chegadas do adversário, que quase abriu o placar aos oito, com Everton Sena. Diego Cavalieri voou para agarrar.

O Botafogo trocava oportunidades com o pior time do Carioca. Aos 24, teve Gabriel desperdiçando ótimo momento de cabeça, mas aos 27 viu Diguinho acertar o travessão em cobrança de falta.

Aos 29, a arbitragem protagonizou uma lambança. Nilson dividiu com Rodrigo Pimpão após escanteio e caiu. Alexandre Vargas Tavares de Jesus assinalou pênalti. Quando Diguinho se preparava para a cobrança, após muita reclamação botafoguense, o juiz conversou com o auxiliar do lado do gol e voltou atrás, para revolta dos atletas da Portuguesa.

Assustado, o Botafogo ainda permitiu que Nilson desperdiçasse grande chance aos 44. Somente quando a sorte ajudou, na volta para a etapa final, o time da casa finalmente conseguiu abrir o placar. Aos oito minutos, Marcinho tentou o cruzamento, a bola foi muito fechada e tocou na trave. A sobra ficou com Diego Souza, que só empurrou para a rede.

O gol pareceu tirar um peso das costas dos atletas botafoguenses, porque o segundo veio somente dois minutos depois, em uma rara aparição de Cícero. O volante deu ótimo lançamento para Ferrareis, que dominou e finalizou com estilo. A torcida ainda comemorava quando a Portuguesa descontou, em novo vacilo da defesa alvinegra. Nilson recebeu lançamento longo, aproveitou cochilo de Marcelo Benevenuto e bateu na saída de Cavalieri.

O jogo se tornou totalmente aberto, e por mais que encontrasse dificuldades na criação de jogadas, o Botafogo conseguiu marcar o terceiro. Em mais um lance no qual a bola rondou de um lado para o outro do ataque, Alex Santana aproveitou uma brecha e arriscou de fora da área para fazer belo gol.

Na base da insistência, o time alvinegro ainda marcou o quarto, após boa jogada de Pimpão, que Marcão tocou contra a própria meta. Gol que deixou o Botafogo um pouco mais vivo na luta pela ida às semifinais.

FICHA TÉCNICA:

BOTAFOGO 4 X 1 PORTUGUESA

BOTAFOGO – Diego Cavalieri; Marcinho, Marcelo Benevenuto, Gabriel e Jonathan; Alex Santana, Cícero (Wenderson) e Gustavo Ferrareis (João Paulo); Erik (Luiz Fernando), Diego Souza e Rodrigo Pimpão. Técnico: Zé Ricardo.

PORTUGUESA – Edson Kölln; Filippe Formiga, Marcão, Emerson e Diego Maia; João Cleriston, Diego Guerra e Muniz (Romarinho); Diguinho (Tiago Amaral), Everton Sena (Eskilo) e Nilson. Técnico: Ailton Ferraz.

GOLS – Diego Souza, aos oito, Gustavo Ferrareis, aos 10, Nilson, aos 12, Alex Santana, aos 21, e Marcão (contra), aos 38 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO – Alexandre Vargas Tavares de Jesus.

CARTÕES AMARELOS – Marcinho, Luiz Fernando (Botafogo); Marcão, Emerson, Muniz (Portuguesa).

RENDA – R$ 18.897,00.

PÚBLICO – 1.012 pagantes (1.403 presentes).

LOCAL – Estádio Engenhão, no Rio (RJ).

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