O que era para ser um dia histórico neste sábado se tornou mais um capítulo da guerra entre Palmeiras e Federação Paulista de Futebol (FPF). No primeiro jogo com a utilização do VAR no Estadual, clube e entidade trocaram farpas nas redes sociais e fizeram com que a partida que terminou empatada por 1 a 1 contra o Novorizontino, em Novo Horizonte (SP), tivesse o resultado como um mero detalhe, assim como o gol do estreante Arthur Cabral e mais uma defesa de pênalti do goleiro Fernando Prass.
O motivo da nova revolta palmeirense é a não marcação de um suposto toque de mão de Murilo Henrique na jogada que resultou no gol do Novorizontino. Os jogadores queriam que o VAR entrasse em ação para tentar anular o lance, mas o árbitro Raphael Claus nem consultou o vídeo. Só o fez depois para flagrar um pênalti de Antônio Carlos, no segundo tempo.
“Eu estava de frente para o lance. A bola bateu na mão. Os caras se complicam à toa. O VAR veio para ajudar, porque ele (árbitro) não foi ver o monitor que ele tem? Ele se complica à toa, ou não”, ironizou Fernando Prass. “A gente fica meio sem saber o que pensar”, completou. O técnico Felipão se esquivou. “Nem me pergunta. Deus me livre”, quando questionado sobre o lance.
Depois do jogo, a Federação Paulista divulgou um vídeo, em seu Twitter, que mostra Murilo Henrique dominando a bola. “Lance checado, todos os ângulos analisados, gol legal”, escreveu. O Palmeiras respondeu pouco depois. “Federação Paulista defende o indefensável. É a mesma postura do Paulistinha do ano passado”.
A mensagem alviverde se refere à confusão na decisão do ano passado, quando a arbitragem marcou um pênalti para o Palmeiras na decisão contra o Corinthians, mas depois anulou a jogada. Os palmeirenses alegam até hoje que houve interferência externa, algo que chegou a ser investigado, mas por falta de provas o caso foi arquivado. Na ocasião, o presidente Maurício Galiotte chamou a competição de “Paulistinha”.
Após a polêmica que culminou no título do Corinthians em pleno estádio Allianz Parque, Galiotte decretou o rompimento do Palmeiras com a FPF. Tanto que no dia seguinte, na festa de encerramento do torneio organizado pela entidade, os jogadores do clube foram proibidos de comparecer e receber seus respectivos prêmios individuais.