Economia

Chefe-adjunto do BC prevê piora para governos regionais no 2º semestre

O chefe-adjunto do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Fernando Rocha, destacou nesta sexta-feira, 28, que os governos regionais vêm apresentando superávits nos últimos meses. No primeiro semestre de 2017, o superávit foi de R$ 18,996 bilhões. No entanto, de acordo com Rocha, a previsão é de piora para os governos regionais no segundo semestre.

“Há uma sazonalidade nas contas dos governos regionais. No segundo semestre, por exemplo, os governos pagam o 13º salário. São sete salários na folha, contra seis no primeiro semestre”, pontuou Rocha.

A meta dos governos regionais para o ano de 2017 é de R$ 1,1 bilhão de déficit. Na prática, para se aproximar desta meta, o resultado fiscal dos governos regionais precisará ser deficitário em algo em torno R$ 20 bilhões no segundo semestre – já que, no primeiro semestre, houve superávit de R$ 18,996 bilhões.

“No segundo semestre, temos tendência sazonal de redução dos resultados dos governos regionais”, disse Rocha. Ao mesmo tempo, de acordo com o chefe-adjunto, o resultado do primeiro semestre foi superior ao visto no ano passado e “pode ter superado expectativas do momento em que a meta do governo foi lançada”.

“No primeiro semestre, temos indicação de que a arrecadação de Estados têm sido positiva. Pelas indicações, há crescimento na arrecadação de ICMS no ano até maio”, disse Rocha. O ICMS é a principal fonte de arrecadação dos Estados.

Rocha atribui o aumento da arrecadação à melhora da atividade econômica. Ele lembrou que os números divulgados pela Receita, a respeito da arrecadação de tributos federais, mostraram crescimento real nas últimas divulgações. “Embora sejam impostos diferentes federais e estaduais, de modo geral se referem à atividade econômica”, disse. “Vemos estabilização da atividade e alguns setores apresentam crescimento ante o ano passado. A estabilização da atividade tem contribuído para aumento da arrecadação”, acrescentou.

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