Roger Federer embalou de vez em Miami. E, nesta sexta-feira, a vítima foi mais um representante da nova geração. O suíço de 37 anos derrotou o canadense Denis Shapovalov, de apenas 19, pelo placar de 2 sets a 0, com parciais de 6/2 e 6/4, em 1h13min. O resultado garantiu o veterano em sua segunda final consecutiva na temporada, no segundo Masters 1000 do ano, novamente disputado nos Estados Unidos.
Exibindo grande tênis, com um calibrado golpe de backhand como não fazia desde o forte início de temporada em 2017, Federer vai enfrentar na final o norte-americano John Isner, atual campeão do importante torneio disputado em Miami. O tenista da casa avançou ao superar outro canadense, Felix Auger-Aliassime, de 18 anos, por 7/6 (7/3) e 7/6 (7/4), também nesta sexta.
Em seu caminho à final, Federer já havia eliminado o russo Daniil Medvedev, outro forte representante da nova geração. Na quinta, arrasara o experiente sul-africano Kevin Anderson, seu algoz nas quartas de final de Wimbledon em 2018, com direito a um “pneu” no set inicial.
Embalando na competição, o suíço vai tentar no domingo, a partir das 14 horas (de Brasília), ter desempenho superior ao exibido na final de Indian Wells há duas semanas. Na ocasião, foi batido pelo austríaco Dominic Thiem, de virada, na final.
Dono de três títulos em Miami (2005, 2006 e 2017), Federer buscará no domingo o seu 101º troféu da carreira, em sua final de número 154. Tentará também o 28º num torneio de nível Masters 1000. Atual número cinco do mundo, ele já garantiu o retorno ao 4º posto do ranking.
Em seu primeiro confronto com Shapovalov no circuito, o tenista da Suíça enfrentou poucas dificuldades. Por pouco, não quebrou o saque do 23º do mundo logo no primeiro game da partida. A primeira quebra acabou vindo no terceiro game. Ele repetiu a dose no quinto e fechou a primeira parcial em apenas 36 minutos.
O canadense elevou seu nível no segundo set, mas continuava a oscilar no serviço (foram cinco duplas faltas na partida). Assim, perdeu o saque novamente no terceiro game. Era a vantagem necessária para Federer encaminhar o triunfo, sem perder seu saque em nenhum momento do duelo – salvou dois break points.
No domingo, Federer e Isner vão se enfrentar pela oitava vez no circuito. O suíço leva vantagem sobre o atual número nove do mundo por ter cinco triunfos, contra dois do adversário. O americano venceu o último duelo entre eles, em 2015, na quadra dura do Masters de Paris.