Após protestos nas redes sociais, o Botafogo oficializou na noite desta segunda-feira o pedido de anulação do jogo contra o Palmeiras, realizado no último sábado, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro. O clube carioca alega que houve um erro de direito por parte do árbitro durante a utilização do VAR (árbitro de vídeo) e por isso quer que a partida seja jogada novamente.
A diretoria do clube carioca protocolou o pedido no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) na noite desta segunda-feira e na terça já deve fazer uma reclamação contra a arbitragem na CBF. O Botafogo se apega ao que diz a regra 5 da Fifa e no protocolo 8.12 do VAR alegando que a decisão do árbitro não pode ser alterada após o reinício da partida.
O lance polêmico aconteceu na etapa final. Gabriel derrubou Deyverson dentro da área, o árbitro Paulo Roberto Alves Junior deu cartão amarelo ao palmeirense por simulação. A decisão, no entanto, foi revista e no lance foi marcado o pênalti que originou o gol da vitória alviverde, convertido por Gómez. A reclamação botafoguense é a de que, antes da partida ser interrompida para se analisar as imagens, o jogo havia recomeçado após liberação por parte do próprio juiz principal do confronto.
O clube carioca não questiona o pênalti dado com auxílio do árbitro de vídeo. O Botafogo alega que a partida foi reiniciada antes de ser paralisada para que o lance fosse analisado. A queixa se embasa na regra 5 do protocolo de utilização da tecnologia. O texto, elaborado pela Fifa, determina que o árbitro precisa terminar a revisão das imagens antes de prosseguir com a partida.
Em meio a este pedido do Botafogo, o Palmeiras apenas espera e considera muito difícil que o jogo seja anulado. O clube paulista avalia que, apesar dos defensores do Botafogo terem reiniciado a partida após não marcação do pênalti, não está claro nas imagens que o árbitro do jogo gesticulou para autorizar o recomeço. O departamento jurídico do clube tem a posição de que é preciso aguardar os movimentos do Botafogo para só depois tomar uma atitude.
O protocolo utilizado pela CBF para o árbitro de vídeo cita no texto quando a tecnologia pode ser utilizada. Em um trecho, o documento reitera que uma partida não pode ser invalidada por quatro situações como: defeito na tecnologia do VAR, decisão de não revisar um incidente, revisão de uma situação não revisável e, por último, decisão errada envolvendo o VAR, fator que pode ser aplicado ao contexto da partida de sábado.