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Após mais uma morte, Prefeitura suspende provas de moto em Interlagos por 2 meses

A Prefeitura de São Paulo determinou nesta quarta-feira a suspensão de corridas de moto no Autódromo de Interlagos pelos próximos dois meses. O veto vem como resposta à sequência de acidentes fatais em provas de motociclismo, a última delas registrada no último domingo. Durante prova da Superbike Brasil, Danilo Berto foi o quarto piloto a morrer nos últimos três anos durante provas da categoria.

Em nota oficial, a Prefeitura explicou que a suspensão será mantida até os responsáveis pelas provas comprovarem que as corridas têm condições mínimas de segurança. “A suspensão será mantida até que os promotores e organizadores dos eventos apresentem novas garantias de segurança, como vistorias em equipamentos e motos, certificação dos pilotos, medidas de resgates e relatório de bafômetro, entre outras exigências”, diz o texto.

Berto morreu no domingo após batida na curva do Pinheirinho, onde perdeu o controle, se chocou contra a barreira de pneus e sofreu traumas nas pernas e no tórax. Um mês antes, também na Superbike, Mauricio Pauludete sofreu uma queda pouco depois de receber a bandeira final enquanto contornava o S do Senna.

Nos dias seguintes à morte de Pauludete, a organização do autódromo havia exigido documentos à categoria SuperBike como obrigações prévias de segurança no padrão da Federação Internacional de Motociclismo (FIM) e um Atestado de Responsabilidade Técnica (ART), assinado por um engenheiro responsável, com avaliação da segurança da pista para cada prova.

Nesta quarta-feira, o Ministério Público de São Paulo anunciou que vai acompanhar as investigações sobre a morte de Danilo Berto. O promotor de Justiça Renato Davanso foi o designado para participar da apuração das causas do acidente fatal.

A organização da Superbike se pronunciou em nota oficial, ao comunicar que a próxima etapa da competição, que seria em Interlagos, em 16 de junho, está cancelada. “A organização entende ser importante uma profunda reflexão e análise do que mais pode ser feito para aumentar a segurança para os pilotos, além das inúmeras ações que já vinham sendo implementadas nos últimos anos. Tal análise pretende trazer todos os envolvidos na realização das provas, e, a partir daí, apresentar uma agenda propositiva incluindo todas as oportunidades de melhoria”, diz o texto.

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