No trimestre terminado em junho de 2020, faltou trabalho para um recorde de 31,946 milhões de pessoas no País, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa composta de subutilização da força de trabalho subiu de 24,4% no trimestre até março para 29,1% no trimestre até junho, maior resultado da série.
O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No trimestre até junho de 2019, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 24,8%.
A população subutilizada cresceu 15,7% ante o trimestre até março, 4,3 milhões pessoas a mais.
Em relação ao trimestre até junho de 2019, o avanço foi de 12,5%, mais 3,5 milhões de pessoas.
<b>Desalento</b>
O Brasil alcançou um recorde de 5,683 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em junho, segundo o IBGE.
O resultado significa 913 mil desalentados a mais em relação ao trimestre encerrado em fevereiro, um salto de 19,1%. Em um ano, 806 mil pessoas a mais caíram em situação de desalento, alta de 16,5%.
A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade – e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.