Os advogados de Neymar, Davi Tangerino e Salo de Carvalho, rebateram em nota oficial divulgada nesta quarta-feira as informações apresentadas à imprensa pelo advogado José Edgard Cunha Bueno, que havia sido contratado pela mulher que acusa o atacante de estupro. No texto, os representantes do jogador do Paris Saint-Germain reafirmam que houve tentativa de extorsão por parte de Bueno em troca de um silêncio sobre o incidente.
A defesa de Neymar afirma que em 29 de maio o advogado da suposta vítima enviou uma mensagem ao pai do jogador para solicitar um encontro. A nota oficial traz uma tela de conversa de WhatsApp em que Bueno solicita o agendamento de uma conversa, convite aceito por Neymar pai. Durante a reunião, a defesa do atacante alega que foi exigido dinheiro para que o caso não fosse denunciado.
“A iniciativa para realização do encontro sempre partiu do citado advogado (Bueno). Também importante reforçar que, na reunião, o advogado apresentou um inaceitável pedido de cala boca, prontamente rejeitado. O pedido de dinheiro foi presenciado não por uma, mas por três testemunhas”, diz a nota oficial assinada pelos advogados de Neymar, que dizem ter comunicado a polícia sobre a extorsão.
Bueno renunciou ao caso na última semana, pouco antes da mulher registrar boletim de ocorrência. Em entrevista ao Estado, o advogado afirmou que deixou o trabalho por divergências com a cliente e avaliou que pelas informações iniciais, o incidente entre a vítima e Neymar em Paris deveriam ser enquadradas mais como agressão do que como um caso de estupro.
O suposto crime teria ocorrido em 15 de maio, em Paris. Dias depois Neymar se apresentou à seleção brasileira para iniciar a preparação para a disputa da Copa América. A CBF e o técnico Tite garantem que contam com a presença do jogador no elenco para a participação no torneio. A estreia da equipe será no dia 14, contra a Bolívia, no estádio do Morumbi.