Dono de incríveis 11 títulos de Roland Garros, um recorde histórico, o espanhol Rafael Nadal vai buscar o seu 12º troféu do Grand Slam francês neste domingo, a partir das 10 horas (de Brasília), para ampliar o seu reinado em Paris. O Rei do Saibro enfrentará novamente na final o austríaco Dominic Thiem, vice-campeão na capital francesa no ano passado, como grande favorito a voltar a erguer a taça que ele conquistou anteriormente em 2005, 2006, 2007, 2008, 2010, 2011, 2012, 2013, 2014, 2017 e 2018.
Para isso, o atual vice-líder do ranking mundial ainda terá uma importante vantagem física em relação ao seu rival, pois eliminou o suíço Roger Federer nas semifinais com uma vitória por 3 sets a 0 na sexta-feira, enquanto Thiem só assegurou a sua vaga na decisão no sábado após uma longa batalha com Novak Djokovic. Na véspera da decisão, o quarto colocado da ATP concluiu sua partida diante do sérvio, interrompida pela chuva por duas vezes no dia anterior e por mais uma neste sábado, e triunfou por 3 sets a 2, com parciais de 6/2, 3/6, 7/5, 5/7 e 7/5, após 4h13 de tempo total somado de jogo.
Após eliminar o número 1 do mundo, Thiem vai reencontrar Nadal, que na final do ano passado arrasou o austríaco por 6/4, 6/3 e 6/2. E o espanhol ganhou oito dos 12 confrontos que travou com o rival até hoje, sendo que derrotou o adversário por outras duas vezes em Roland Garros, em 2014 e 2017, em ambas ocasiões também por 3 sets a 0.
No último duelo entre os tenistas, porém, o austríaco levou a melhor ao eliminar o espanhol nas semifinais do Torneio de Barcelona, em quadras de saibro como as de Roland Garros, em abril passado. E neste domingo ele tentará voltar a surpreender para conquistar o seu primeiro título de Grand Slam e o 14º troféu de sua carreira.
Entretanto, Thiem, de 25 anos, encara um Nadal, de 33, ciente de que precisará derrubar uma lenda em Paris. Em Roland Garros, o espanhol não perde um jogo desde quando caiu diante de Djokovic nas quartas de final de 2015. De lá para cá, acumula 22 vitórias consecutivas no saibro francês – ele caiu por W.O. na terceira rodada em 2016, quando abandonou o torneio sem derrotas, por motivo de lesão.
Caso confirme favoritismo neste domingo, o número 2 do mundo também vai conquistar o seu 18º título de Grand Slam e ficar a apenas dois de alcançar Federer, recordista geral da série de quatro torneios mais importantes do tênis, dentro da qual o espanhol também ostenta três taças do US Open, duas de Wimbledon e uma do Aberto da Austrália.
E um triunfo neste final fará também com que Nadal se torne o maior vencedor da história em um único Grand Slam. Atualmente, ele divide o recorde com a australiana Margareth Court-Smith, que ganhou por 11 vezes o Aberto da Austrália entre 1960 e 1973. “Estar na final de Roland Garros mais uma vez significa muito, especialmente depois de todas as lesões que tive. Estou bastante feliz por chegar a mais uma final no meu torneio favorito”, disse o espanhol depois de eliminar Federer.
Após bater Djokovic, Thiem festejou a vitória e a chance de jogar pelo segundo ano seguido a decisão em Paris. “Foi uma partida incrível, o primeiro jogo de cinco sets da minha vida em Roland Garros. Eu estava nas semifinais com talvez três dos maiores tenistas de todos os tempos, então é um dia inacreditável para mim por ter batido um deles”, afirmou, para depois reconhecer o favoritismo do seu rival na decisão de hoje. “O tempo todo nas finais (de Roland Garros) é contra o Rafa. Foi uma experiência incrível no ano passado. Ele é o favorito, é claro, mas estou muito ansioso para deixar tudo na quadra novamente. Vamos ver.”