O Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) aponta um recuo de 1,3% dos investimentos entre junho e maio de 2020, na série com ajuste sazonal. Com isso, o segundo trimestre de 2020 fechou com uma queda de 24,5%, também na série dessazonalizada, reflexo do isolamento social implementado na economia brasileira em virtude da pandemia da covid-19, informou nesta quinta-feira, 6, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Nas comparações com os mesmos períodos de 2019, enquanto junho registrou uma queda de 15,6%, o segundo trimestre encerrou com uma retração de 23,1%. No acumulado em doze meses, os investimentos caíram 4,1%.
O consumo aparente de máquinas e equipamentos – cujo valor corresponde à sua produção nacional destinada ao mercado interno acrescida às importações – apresentou retração de 13,9% em junho (após alta de 64,6% em maio), encerrando o segundo trimestre com baixa de 33,1%.
A produção nacional de máquinas e equipamentos teve a segunda alta seguida em junho, de 8,2%. Já a importação caiu 56,9% no mesmo período.
"Este resultado refletiu a alta base de comparação em maio, quando ocorreu um forte aumento associado à importação de plataformas de petróleo", informou o Ipea.
O indicador de construção civil, por sua vez, avançou 6,5% em junho, na série dessazonalizada. O resultado sucedeu alta de 14,6% no mês de maio. Ainda assim, o segmento registrou um recuo de 13,9% na passagem entre o primeiro e segundo trimestres de 2020.
Na comparação com o mesmo período do ano anterior, todos os segmentos registraram queda em junho. O destaque negativo ficou por conta do componente máquinas e equipamentos, que recuou para um nível 27,2% inferior a junho de 2019. Na comparação trimestral, o resultado foi similar.