Esportes

Chileno com fama de briguento e envolvido em escândalo apitará Brasil x Paraguai

A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) anunciou nesta terça-feira a escalação dos árbitros para os jogos de quartas de final da Copa América. Para o jogo entre Brasil e Paraguai, na quinta-feira, em Porto Alegre, o responsável pelo apito será o chileno Roberto Tobar, de 41 anos, nome experiente da arbitragem continental e envolvido em episódios polêmicos na carreira.

Tobar teve passagens inusitadas por ameaçar agredir jogadores. Em 2016, dois casos foram os mais emblemáticos. Pela Copa Libertadores daquele ano, em La Paz, The Strongest e São Paulo empataram por 1 a 1 e os jogadores tiveram uma briga generalizada na saída do gramado. A polícia teve de apartar a confusão e no caminho para o vestiário, atletas da equipe boliviana acusaram Tobar de chamá-los para brigar.

No mesmo ano, pelo Campeonato Chileno, um jogo entre Deportes Iquique e Unión Española acabou com muita reclamação. Um jogador do Iquique reclamou que, ao contestar a marcação de um pênalti, ouviu do árbitro que apanharia depois do jogo. Tobar se envolveu um grande escândalo da arbitragem chilena em 2012, o chamado “Clube do Pôquer” e que lhe rendeu oito meses de suspensão.

O esquema era comandado pela chefia de arbitragem da Associação Nacional do Futebol do Chile e consistia em reuniões dos árbitros para jogar cartas. Quem perdesse as disputas era escalado para trabalhar em jogos de menor importância e usava o pagamento pelo trabalho para pagar as despesas de jogo. Tobar só começou a recuperar prestígio em 2014, ao voltar a atuar em partidas importantes no Chile.

O chileno é engenheiro de computação, mora em Santiago e, no ano passado, dirigiu a primeira partida da final da Copa Libertadores, em La Bombonera, entre River Plate e Boca Juniors. Nesta Copa América ele dirigiu em Salvador a vitória da Colômbia por 2 a 0 sobre a Argentina, pela fase de grupos.

A seleção brasileira já teve um jogo nesta Copa América comandado por um chileno. Julio Bascuñán foi o responsável por conduzir a partida contra a Venezuela, em Salvador. No empate sem gols válido pela fase de grupos, o árbitro anulou três gols do Brasil, um deles por falta de Roberto Firmino e os outros dois lances por impedimento após consultar o auxílio dos árbitros de vídeo.

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