O técnico Cristóvão Borges endossou nesta sexta-feira as declarações de jogadores como Rafael Sóbis, Fred e Wagner, que nos últimos dias disseram que problemas extracampo, como atrasos de pagamento e diminuição nos investimentos no clube, atrapalharam o desempenho do time. Até mesmo o futuro do treinador está indefinido no Fluminense.
“Foram muitas coisas, coisas do cotidiano. Tudo isso se deve ao processo de transição. Muita coisa que o Fluminense gostaria de resolver, mas também não podia, muitas coisas indefinidas, coisas que continuam. Por isso vamos terminar o ano com muitas coisas indefinidas”, afirmou Cristóvão Borges, em entrevista após o treino desta sexta-feira.
O treinador também comentou o motivo dessas reclamações só terem vindo à tona no fim da temporada, já com o Fluminense em situação difícil na luta pela vaga na Libertadores. “Falar durante o período não é interessante, normalmente já existe controvérsia, essas coisas não são benéficas para a gente. Já vivíamos essa coisa de renovação, patrocinador, isso foi a temporada inteira. Não teríamos sossego”, destacou ele. “Foi questão de se preservar em relação a isso, para administrar as dificuldades e trabalhar para ter um sucesso maior.”
Em sétimo lugar no Brasileirão, o Fluminense tem chances remotas de ir à Libertadores do próximo ano. Caso o Internacional não perca para o Palmeiras neste sábado, a equipe carioca enfrentará o Corinthians no dia seguinte já eliminada.
Na avaliação de Cristóvão Borges, o time será cobrado por isso, mas é preciso que a cobrança seja colocada dentro do atual contexto do Fluminense. “Nos últimos quatro anos, o Fluminense ganhou dois Brasileiros. O Fluminense vai ser cobrado como o clube campeão. A cobrança é essa, mas as condições não são as mesmas. Quando foi campeão, tinha capacidade de investimentos, time forte. Não tem mais isso”, lamentou.