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Etiene bate recorde sul-americano e vai à semi em Doha

O Mundial de Natação em Piscina Curta começou positivo para a seleção brasileira. Nesta quarta-feira, em Doha (Catar), Etiene Medeiros bateu o recorde sul-americano dos 100 metros costas e avançou à semifinal da competição, que será realizada à noite (tarde no Brasil). Além dela, outros quatro nadadores e o revezamento 4×100 metros livre avançaram das eliminatórias, mas só o revezamento nada final ainda nesta quarta.

Na melhor fase da carreira, a pernambucana do Sesi marcou 57s36 na fase eliminatória e melhorou o recorde que havia batido em setembro, em Guaratinguetá (SP), quando venceu Troféu o Julio Delamare em 57s53. A “dama de ferro” Katinka Hosszu, húngara que promete uma chuva de medalhas, foi a mais rápida da manhã em Doha com 55s70, batendo o recorde do Mundial.

Tão bem quanto Etiene foi Felipe França. O nadador, que vive nova fase da carreira no Corinthians, nadou fácil para fazer o segundo melhor tempo das eliminatórias nos 100 metros peito, com 57s13. O tempo do Maria Lenk (56s25) ainda é o melhor do mundo e faz dele o favorito para o ouro em Doha. A prova tem semifinal ainda nesta quarta e final na quinta. João Gomes Júnior não foi bem e terminou no 23.º lugar, com 59s05, eliminado.

Cesar Cielo caiu pela primeira vez na piscina para nadar o revezamento 4×100 metros livre e ajudar o Brasil a se classificar para a final com o segundo melhor tempo (3min07s84), atrás apenas da Itália. França, EUA, Rússia, Austrália, Japão e Bélgica também estão na decisão de logo mais.

Dentre todos os nadadores que nadaram durante o revezamento, Cielo foi o mais rápido, completando seus 100 metros em 45s53. O campeão olímpico, porém, ainda não tem participação garantida na final – só nadará se considerar que o Brasil tem chances de medalha. Henrique Martins, Alan Vitória e Henrique Rodrigues também nadaram pela manhã. João de Lucca é favorito para substituir Cielo caso haja necessidade.

João, aliás, não conseguiu se classificar para a final dos 200 metros livre. Pela manhã, o bicampeão universitário norte-americano da prova (em piscina de jardas) fez apenas o 19.º tempo (1min44s00). Nicolas Oliveira tinha índice, mas preferiu não ir a Doha. Gustavo Godoy, seu substituto, acabou no 29.º lugar (1min46s05).

Medalhista de bronze no último Mundial, Guilherme Guido passou à semifinal dos 100m costas com o 11.º tempo (51s05), abaixo dos 50s28 do José Finkel. Nicholas Santos e Marcos Macêdo também voltam à piscina à noite, para a semifinal dos 100m borboleta. Nas eliminatórias, Nicholas foi o 13.º mais rápido (50s86), enquanto o futuro médico marcou 50s76 e ficou em 11.º.

Na prova de 50m peito, Ana Carla Carvalho nadou mesmo sem ter feito o índice exigido pela CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos), aproveitando que está em Doha para o revezamento, e foi a 23.ª melhor, com 30s94, entre 64 atletas. Por 22 centésimos não foi à semifinal.

Dez anos após faturar medalha no Mundial de Indianápolis (EUA) aos 17 anos e pintar como grande revelação da natação brasileira, Lucas Salatta foi o 23.º nas eliminatórias dos 100m costas, com 52s08. Há cinco anos ele não nadava uma grande competição.

ESTRELAS – Fortíssima candidata ao posto de grande nome do Mundial de Doha, Hosszu começou arrasadora. Bateu o recorde do campeonato não apenas nos 100m costas, mas também nos 400m medley. Nos 200m borboleta, se aproximou da marca com o melhor tempo das eliminatórias. À tarde, também deve nadar a final do revezamento 4x200m livre.

Destaque no masculino, Ryan Lochte fez o terceiro melhor tempo nas eliminatórias dos 100m borboleta e passou raspando à final dos 200m livre, com o oitavo melhor tempo – o norte-americano Conor Dwyer ficou de fora.

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