Com desempenho brilhante de Cesar Cielo e Felipe França, o Brasil surpreendeu os rivais nesta quinta-feira ao faturar a medalha de ouro e quebrar o recorde mundial do 4×50 metros medley, no Mundial de Piscina Curta, disputado em Doha, no Catar. Com o tempo de 1min30s51, os brasileiros deixaram para trás a França, segunda colocada, e os Estados Unidos.
A grande performance do time nacional baixou em três segundos o recorde, que pertencia à Itália. Os europeus marcaram 1min33s65 há um ano, na Dinamarca. Os brasileiros também superaram o tempo registrado nas eliminatórias, de 1min33s48. Pela manhã, o revezamento do Brasil foi representado por Henrique Martins, João Gomes Júnior, Nicholas dos Santos e João de Lucca.
Para a final, nesta tarde, somente Nicholas dos Santos foi mantido no time, reforçado por Guilherme Guido, além de Cielo e França. Guido foi a primeiro a cair na piscina. Nadando costas, não conseguiu superar os adversários e entregou em quinto lugar.
Mas, com França no peito, o Brasil reduziu a desvantagem e virou na frente. Na sequência, Santos nadou borboleta e sustentou a liderança brasileira, ampliada ainda mais por Cielo, no estilo livre, finalizando a prova.
A equipe francesa buscou o segundo lugar somente no trecho final, a partir do esforço de Florent Manaudou, principal estrela do time e rival de Cielo. Embora tenha batido em segundo, Manaudou foi mais rápido que o brasileiro ao completar os 50 metros com o tempo de 20s04, contra 20s08 de Cielo – os tempos não contam para efeito de recorde porque foram obtidos em largada lançada, com a prova em andamento.
“Acho que dá para chegar no 19s9”, comentou Cielo, que ainda nadará a semifinal dos 50 metros livre, sua especialidade, nesta quinta. O brasileiro vai cair na piscina novamente embalado pelo recorde obtido no revezamento. “Pegar esse recorde mundial no revezamento não poderia ser melhor, para deixar essa geração como uma das melhores da história”, disse, em entrevista à Sportv.
Outro destaque da prova, Felipe França destacou a união do grupo. “A equipe fez a diferença, ficamos todos unidos, aquecendo juntos, fazendo tudo juntos. Assim, a vitória é obtida antes de nadar, é consequência”, afirmou o especialista no nado peito. “Todo mundo estava muito ansioso para nadar essa prova. A gente mereceu demais esse título”, disse Nicholas Santos.