Em breve, condições do forward guidance podem não ser mais satisfeitas, repete BC

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, repetiu nesta quarta-feira, 16, uma série de mensagens de política monetária que constaram nas comunicações mais recentes da autarquia. Entre elas, a de que o <i>forward guidance</i> (prescrição futura, no jargão em inglês) poderá ser retirado nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).

O instrumento adicional de política monetária foi adotado pelo colegiado em agosto com o compromisso de não reduzir o grau de estímulo monetário desde que três condições sejam satisfeitas: projeções de inflação abaixo da meta no horizonte relevante, manutenção do regime fiscal e expectativas de longo prazo ancoradas.

Em apresentação desta quarta em reunião fechada do Conselho Deliberativo da Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), Campos Neto voltou a destacar que "desde a adoção do <i>forward guidance</i>, observou-se uma reversão da tendência de queda das expectativas de inflação em relação às metas para o horizonte relevante". Segundo ele, "a manutenção desse cenário de convergência da inflação sugere que, em breve, as condições para a manutenção do <i>forward guidance</i> podem não mais ser satisfeitas".

Ainda assim, ele esclareceu que a eventual retirada do <i>forward guidance</i> não significará automaticamente uma elevação da taxa de juros, já que a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo "extraordinariamente elevado frente às incertezas quanto à evolução da atividade".

"No cenário de retirada do <i>forward guidance</i>, a condução da política monetária seguirá o receituário do regime de metas para a inflação, baseado na análise da inflação prospectiva e de seu balanço de riscos", lembrou Campos Neto.

A apresentação do presidente do BC está disponível no seguinte endereço na internet: https://www.bcb.gov.br/conteudo/home-ptbr/TextosApresentacoes/Ap_IBA_RCN_16.12.PDF.

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