Esportes

Brasil comemora melhor campanha no Mundial de Doha

Com uma grande campanha no Catar, o Brasil terminou o Mundial de Piscina Curta de Doha não apenas com seu melhor desempenho em um evento deste porte. Ao encerrar a competição na liderança do quadro de medalhas, a equipe brasileira conquistou o título simbólico de campeão do Mundial por conta de suas sete medalhas de ouro no Catar.

Ao todo, os nadadores brasileiros faturaram dez medalhas, sendo ainda uma de prata e duas de bronze. O bom desempenho fez o Brasil deixar para trás equipes tradicionais como a da Holanda e dos Estados Unidos. A Hungria, liderada pela “Dama de Ferro” Katinka Hosszu, ficou em segundo no quadro, com seis ouros e 11 no total. A Holanda foi a terceira colocada, com cinco ouros e 12 medalhas ao todo.

O tradicional time norte-americano terminou o Mundial somente no nono lugar geral, com apenas duas medalhas de ouro. No total, obtiveram 17 pódios, sendo ainda nove pratas e seis bronzes. Ryan Lochte foi a grande estrela dos Estados Unidos, com oito medalhas.

Com seus dez pódios, o Brasil obteve rendimento superior ao registrado no Mundial de Dubai – o campeonato de 2010 era até então o melhor da equipe brasileira. Foram oito medalhas, sendo apenas três ouros. Para efeito de comparação, os brasileiros faturaram somente neste domingo quatro medalhas de ouro em Doha. Além disso, o time nacional disputou 23 finais, a quinta melhor marca entre todos os países participantes.

Para os atletas, os resultados marcam uma “nova era da natação brasileira”. “A gente mostrou como a natação do Brasil se coloca, é um dos maiores esportes do Brasil. Terminar entre os melhores do mundo é inédito para mim. E é muito empolgante. Espero que o brasileiro veja dessa forma, é uma geração muito vitoriosa e veio para ganhar”, avaliou Cesar Cielo, dono de três medalhas de ouro e uma de bronze em Doha.

“Está começando uma nova etapa da natação do Brasil. Vamos focar 100% na Olimpíada e tenho certeza que a partir do Mundial do próximo ano vamos fazer isso na piscina longa”, disse Marcos Macedo, que participou da conquista do ouro no revezamento 4×100 metros medley, neste domingo. “Agora dá mais vontade de voltar a treinar para 2016”, comentou Felipe França, que levou nada menos que cinco ouros em Doha.

O bom rendimento do Brasil é corroborado pelo alto nível apresentado pelas provas em Doha. Foram batidos 23 recordes mundiais na piscina de 25 metros do Catar. Uma das maiores responsáveis pelo brilho do campeonato foi a húngara Katinka Hosszu. A “Dama de Ferro” quebrou quatro recordes e faturou o mesmo número de medalhas de ouro, tendo ainda três pratas e um bronze.

Melhor nadadora do ano, Katinka chegou a ser ofuscada nos dois primeiros dias por Mireia Belmonte. A espanhola acumulou quatro medalhas de ouro e dois recordes mundiais, sendo acompanhada de perto pela sueca Sarah Sjostrom, dona de três ouros e dois recordes em Doha.

Entre os homens, o sul-africano Chad Le Clos confirmou a eleição de melhor nadador da temporada. Ele conquistou quatro medalhas de ouro e registrou um recorde mundial. Só não foi ofuscado por Felipe França, dono de cinco ouros, porque somente duas das cinco conquistas do brasileiro foram obtidas em provas individuais. Além disso, França só quebrou recorde mundial em revezamento.

Le Clos e França não brilharam sozinhos no Catar. O experiente Ryan Lochte foi outra estrela da competição ao confirmar a condição de maior medalhista da natação em todos os tempos. Com suas oito medalhas em Doha (uma de ouro, quatro de prata e três de bronze), o norte-americano de 30 anos chegou à marca de 85 medalhas, sendo agora 38 em Mundiais de Piscina Curta, 23 em Piscina Longa, 11 medalhas olímpicas, 12 em Pan-Pacíficos e uma em Jogos Pan-Americanos.

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