O diretor de Desenvolvimento Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Abijaodi, disse ter expectativa de que o acordo entre o Mercosul e a União Europeia possa entrar em operação no primeiro semestre de 2021. Ele disse que é preciso ter "força política" para isso. "Queremos aproveitar Portugal na presidência da Comissão Europeia para que possa aprovar pelo menos o acordo comercial", afirmou.
A parte comercial do acordo, que envolve a redução de tarifas, poderia entrar em vigor se aprovado no parlamento europeu, sem necessidade de ratificação de todos os países membros do bloco.
Abijaodi disse que as dúvidas em relação à possibilidade de o acordo trazer ameaças à preservação ambiental "não têm fundamento", já que o entendimento traz cláusulas que preveem o respeito a regras internacionais na área, como o Acordo de Paris.
O presidente da entidade, Robson Andrade, ressaltou que, do lado empresarial, há "nítida vontade" de que o acordo avance no ano que vem. "Se tivermos vacinação em massa dos países no próximo ano, isso dará ímpeto maior para avanço de acordos internacionais", acrescentou.