O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), disse nesta segunda-feira, que estuda uma solução para a administração do Maracanã, hoje a cargo do consórcio formado pelas empresas Odebrecht, AEG e IMX. Segundo o governador, a Procuradoria do Estado estuda realizar uma nova licitação, depois que o Estado desistiu da demolição do Parque Aquático Júlio de Lamare e do estádio Célio de Barros e da construção de um shopping e um estacionamento no entorno do Maracanã. Segundo Pezão, o investimento inicial calculado em R$ 600 milhões caiu para R$ 100 milhões com as mudanças.
A concessionária Maracanã S. A., atual administradora, alega ter tido prejuízos com o fim do projeto comercial na área em volta do estádio. O governo e a concessionária têm até o mês que vem para encontrar uma solução. A Maracanã S.A. tem a opção de devolver a administração ao poder público. Pezão insistiu que o Maracanã não voltará a ser administrado pelo Estado. Ou será firmado novo contrato com a concessionária atual ou uma nova licitação será lançada.
“Mudou muito o escopo da licitação. Estou discutindo com a procuradoria se posso manter a licitação ou não. O investimento era de R$ 600 milhões, estava previsto um shopping, um estacionamento e nada disso vai dar para ser feito. As obrigações (das empresas) caem para R$ 100 milhões. Será que, com R$ 100 milhões, outras empresas que ficaram fora da licitação anterior não entrariam? Pedi um parecer à procuradoria”, afirmou o governador, depois da solenidade de posse do secretariado.
A decisão de suspender a demolição do estádio de atletismo e do parque aquático foi tomada em 2013 pelo então governador Sérgio Cabral (PMDB), depois de muitas manifestações contra as obras. Também foram suspensas as demolições do Museu do Índio e da uma escola municipal. O governo do Estado foi procurado pela Odebrecht no fim do ano passado para readequar o contrato do Maracanã.