Basta olhar o histórico de Marc Coma no Rally Dakar para ver que, desde 2006, o espanhol é campeão um ano sim, outro não – levando em conta apenas as edições das quais participou. Vencedor de 2014, ele finalmente conseguiu quebrar o tabu entre as motos. Neste sábado, confirmou o favoritismo para chegar ao seu quinto título do mais tradicional rali do mundo, o segundo consecutivo.
Correndo pela KTM e com uma regularidade ímpar, ele assumiu a segunda colocação geral na quarta etapa e pulou para a ponta na última segunda-feira, quando o então líder, o espanhol Joan Barreda Bort teve uma série de problemas e foi o penúltimo a completar a especial.
O título ficou de vez na mão de Coma quando, na quarta-feira, Bort cedeu seu motor ao português Paulo Gonçalves, num jogo de equipe da Honda. Os dois foram punidos e o lusitano, que se aproximava de Coma, perdeu 15 minutos.
Neste sábado, a especial de 174 quilômetros entre Rosário e Buenos Aires serviu apenas para fazer festa. Coma se preocupou em não errar, foi o quinto, a 3 minutos do vencedor (o eslovaco Jakes) e garantiu o título. Paulo Gonçalves, vice-campeão geral entre as motos, acabou em quarto na etapa.
Além e Coma e Gonçalves (a 16min53 do líder), o top5 entre as motos teve o estreante australiano Toby Price, o chileno Pablo Quintanilla (que completou pela primeira vez) e o eslovaco Stefan Svitko. Até o oitavo colocado, só o português Gonçalves não correu de KTM. No nono lugar chegou a espanhola Laia Sanz Pla-Giribet, que obteve a melhor classificação de uma mulher na história do Dakar.
CARROS – Líder desde a segunda etapa, o príncipe catariano Nasser Al-Attiyah conquistou seu segundo título no Dakar, repetindo o feito de 2011. Correndo pela Mini, ele ganhou cinco etapas nesta edição do rali e acabou a prova com 35min34s de vantagem sobre o vice-campeão, o sul-africano Giniel De Viliers, da Toyota, que terminou em segundo pela quarta vez na carreira.
A etapa do dia foi curta e não durou mais que 15 minutos para os pilotos mais rápidos. Assim, Al-Attiyah só precisou tomar cuidado para não errar. Além do sul-africano, só o polonês Holowczyc (a 1h32min), também da Mini, não acabou o Dakar a menos de três horas do líder.