Pouco mais de seis meses depois de ter sediado quatro jogos da Copa do Mundo, a Arena Pantanal, em Cuiabá (MT), que custou R$ 570,1 milhões, foi interditada nesta quarta-feira para obras de reparo. Em nota, o Governo do Mato Grosso confirmou a interdição emergencial e disse que ela foi realizada “para sanar problemas construtivos diversos, visando oferecer segurança aos usuários”.
De acordo com a nota, a interdição é necessária, pois laudo de Auditoria do Estado apontou diversos problemas, entre eles os causados pela chuvas: infiltrações e goteiras. Além disso, foram constatados também problemas na rede elétrica e danos no gramado. O problema com a parte elétrica começou a surgir em novembro do ano passado quando uma égua da cavalaria da Polícia Militar morreu eletrocutada.
Ainda em nota, o governo por meio do Gabinete Extraordinário de Projetos Estratégicos, disse que tal “esforço é necessário para viabilizar a rodada dupla de abertura do Campeonato Mato-Grossense de Futebol no próximo dia 1º”.
Na última quarta-feira, o secretário extraordinário do Gabinete de Projetos Estratégicos, Gustavo Oliveira, esteve na Arena Pantanal junto com membros da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros para mais uma análise da situação com base no relatório da auditoria realizada pelo gabinete.
A visita técnica ratificou a necessidade de reparos imediatos na construção. Já foram iniciadas tratativas com a Construtora Mendes Júnior para, tão logo terminado o Campeonato Mato-Grossense, no dia 3 de maio, “sejam retomadas as obras, já que com o período de chuvas esta retomada não é viável”, diz trecho da nota.
Ainda de acordo com a nota, a Federação Mato-Grossense de Futebol está cooperando com o governo no sentido de viabilizar estas obras emergenciais e concorda que a Arena Pantanal só deve ser aberta se não oferecer riscos ao público.
Até agora não foi definido que destino terá o estádio: se ele será privatizado ou vai continuar sob os cuidados do Estado. A Arena Pantanal tem capacidade para 43 mil torcedores.