Quando passou à decisão do Aberto da Austrália e descobriu que sua adversária seria Maria Sharapova, Serena Williams chegou a dizer que gostava de enfrentar a russa. Neste sábado, ela mostrou o motivo de tanta confiança, venceu a rival pela 17.ª vez em 19 partidas e faturou mais uma vez o Grand Slam em Melbourne, o primeiro da temporada 2015.
Serena encontrou bastante dificuldade pela frente, mas no fim seu potente jogo fez da russa novamente uma vítima. Em 1h50min de partida, a norte-americana, cabeça de chave número 1, comprovou o favoritismo diante da segunda favorita e triunfou por 2 sets a 0, com parciais de 6/3 e 7/6 (7/5).
Com o resultado, Serena deu continuidade à incrível hegemonia neste confronto. Esta foi a 16.ª vitória consecutiva da norte-americana sobre a russa, que amarga um jejum de quase 10 anos contra a maior rival. A última vez que Sharapova bateu a adversária foi em 2004, quando, ainda com 17 anos, ela triunfou em dois dos primeiros três confrontos diretos – inclusive a decisão de Wimbledon.
Este ainda foi o quinto jogo seguido em que Sharapova sequer vence um set contra Serena. E a norte-americana mostrou o motivo dessa dominância na primeira parcial deste sábado. Melhor em quadra, ela disparou 11 bolas vencedoras contra apenas três da adversária, confirmou três quebras de serviço e arrancou para o triunfo.
Na segunda parcial, Sharapova equilibrou o duelo, parou de errar tanto e foi mais regular no saque. Mas a russa sequer ameaçava o serviço da norte-americana, que disparou 15 aces somente neste set – 18 no total -, incluindo o que fechou a partida no tie-break. No fim, o retrospecto favorável a Serena pareceu fazer diferença em um momento tão exigente psicologicamente.
Com a conquista, a norte-americana coleciona mais um troféu de Grand Slam em sua vitoriosa galeria. Este foi o 65.º título de Serena, sendo o 19.º nos principais torneios da temporada. A vitória ainda confirmou o Aberto da Austrália como o Grand Slam em que ela tem mais sucesso, ao lado do US Open, com seis conquistas – as outras aconteceram em 2003, 2005, 2007, 2009 e 2010.