A Comissão Atlética de Nevada suspendeu temporariamente Anderson Silva até a próxima reunião da entidade, que está prevista para março – a data ainda não foi definida. O lutador brasileiro foi flagrado no exame antidoping para a luta com o norte-americano Nick Diaz, no dia 31 de janeiro.
Anderson foi flagrado pelo uso de dois esteroides anabolizantes (drostanolona e androsterona) em exame de sangue surpresa realizado em 9 de janeiro. E a situação do lutador ficou ainda mais complicada na noite de terça-feira, quando foi anunciado que, além de drostanolona e androsterona, mais uma substância proibida (benzodiazepina, que inibe a ansiedade) foi detectada no exame de urina do dia da luta.
O brasileiro venceu o duelo por pontos após cinco assaltos depois de 399 dias afastado dos octógonos por causa de uma fratura na perna direita sofrida em luta diante do norte-americano Chris Weidman.
Com o caso de doping, Anderson não recebeu a bolsa de US$ 800 mil (R$ 2,2 milhões) e mais o bônus de US$ 200 mil (R$ 566 mil). Além disso, o lutador foi retirado do reality show TUF 4, organizado pelo UFC e pela TV Globo, no qual era o treinador de uma das equipes. Ele foi substituído pelo veterano Rodrigo Minotauro.
A vitória sobre Nick Diaz foi cancelada. O duelo ficou registrado pelo UFC como “sem resultado”, mas só será oficializado ao final do processo.
Anderson não compareceu à sessão na sede da Comissão Atlética de Nevada. Ele foi representado pelo advogado norte-americano Michael Alonso, que se comunicou com os integrantes da comissão pelo telefone e pediu mais tempo para preparar a defesa.
Por ser réu primário, Anderson poderá sofrer uma pena de um ano de suspensão e mais uma multa. Aos 39 anos e vindo de uma grave cirurgia, fica difícil imaginar que sua carreira possa ter sequência se for suspenso.
Nick Diaz também teve sua licença temporariamente suspensa por ter sido flagrado em exame antidoping pelo uso de maconha.