O Atlético Mineiro voltou a ser derrotado na Copa Libertadores e se colocou em situação complicada para buscar a vaga na fase do mata-mata. Na noite desta quarta-feira, o time comandado por Levir Culpi foi superado pelo Atlas, do México, por 1 a 0, no Independência, onde costuma ser fatal, e acumulou o segundo revés seguido na competição. O único gol da partida foi marcado somente aos 41 minutos do segundo tempo.
Ainda sem somar pontos no Grupo 1, o Atlético agora terá que vencer todos os seus quatro jogos restantes na chave e torcer por tropeços dos rivais para seguir sonhando com a vaga nas oitavas de final. O time brasileiro ocupa a quarta e última colocação do grupo, enquanto os outros três rivais somam três pontos cada. Santa Fé, da Colômbia, e Colo Colo, do Chile, se enfrentam nesta quinta e pode despontar na chave.
O Atlético volta a campo pela Libertadores no dia 18 de março para enfrentar o Santa Fé, fora de casa. O Atlas jogará antes, no dia 4, contra a equipe chilena, responsável pela derrota dos brasileiros na estreia, por 2 a 0, em Santiago.
O JOGO – Com uma série de desfalques, o Atlético entrou em campo nesta quarta com a obrigação de vencer o Atlas, depois da derrota na estreia. Um novo tropeço reduziria muito as chances de a equipe alcançar as oitavas de final. O clima de nervosismo, que atingia até as arquibancadas, só aumentou quando o Atlas criou duas chances perigosas antes de completar os cinco minutos de jogo.
Perdido em campo, o Atlético foi aos poucos ganhando terreno. E empurrou o Atlas para a defesa após duas oportunidades em sequência. Em uma delas, aos 19, Luan desperdiçou o presente do goleiro Vilar, que vacilou na saída de bola, e bateu para fora. Logo, o maior volume atleticano se convertia em pressão.
Aos 24, Leonardo Silva cabeceou com perigo, mas Vilar defendeu com tranquilidade. Na sequência, Luan arriscou de longe e viu a perigosa bola desviar no marcador e ir para fora, aos 28. A melhor chance aconteceu com André, quatro minutos depois. Após levantamento na área, a bola “escorreu” por suas costas dentro da pequena área, passou por sua perna, quase em cima da linha, e passou ao lado da trave.
Antes do intervalo, o Atlético sofreu mais uma baixa. A lista de desfalques aumentou com Leonardo Silva, que sofreu uma pancada em um dos dedos da mão direita. O zagueiro foi substituído por Edcarlos.
Na volta para o segundo tempo, Levir Culpi fez nova alteração, desta vez por opção técnica. E colocou Cárdenas no lugar de Leandro Donizete. A mudança deu maior consistência para o meio-campo, perdido na maior parte do primeiro tempo por causa das fracas atuações de Dátolo e Maicosuel.
E, logo aos 3, o Atlético quase abriu o placar. Lucas Cândido encheu o pé da esquerda e exigiu grande defesa de Vilar. André, aos 8, e Maicosuel, aos 16, também tiveram suas oportunidades.
Sem converter suas chances, o time brasileiro passou a ser ameaçado novamente pelo Atlas. Medina acertou o travessão de Victor, aos 24. No minuto seguinte, Perez invadiu a área e só não marcou porque o goleiro atleticano fez uma defesa com o rosto.
O clima tenso no Independência culminou no gol de Christian Suárez, aos 41 minutos do segundo tempo. O Atlas matou o jogo ao aproveitar vacilo da defesa com um longo lançamento para Suárez, que invadiu a área e finalizou na saída de Victor. Sob vaias, a equipe brasileira ficou perdida em campo e não teve forças para buscar o empate.
FICHA TÉCNICA:
ATLÉTICO-MG 0 x 1 ATLAS-MEX
ATLÉTICO-MG – Victor; Patric, Leonardo Silva (Edcarlos), Jemerson e Lucas Cândido; Rafael Carioca, Leandro Donizete (Cárdenas), Dátolo e Luan; Maicosuel (Dodô) e André. Técnico: Levir Culpi.
ATLAS – Federico Vilar; Luis Venegas, Enrique Pérez Herrera, Walter Kannemann e Edgar Castillo; Juan Carlos Medina, Juan Pablo Rodríguez, Arturo González e Rodrigo Millar (Treviño); Keno (Christian Suárez) e Caballero (Barragán). Técnico: Tomás Boy.
GOL – Christian Suárez, aos 41 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS – Medina, Vilar, Victor.
ÁRBITRO – Darío Ubriaco (URU).
RENDA E PÚBLICO – Não disponíveis.
LOCAL – Estádio Independência, em Belo Horizonte (MG).