Na chegada ao São Paulo, o volante Wesley não se esquivou de ataques ao Palmeiras, sua ex-equipe. Nesta terça-feira o novo jogador do time tricolor disse que começou a optar para deixar a equipe alviverde pela demora do presidente Paulo Nobre em definir a situação e prometeu comemorar gol caso marque contra os ex-companheiros.
O jogador assinou contrato até 2018 com o clube do Morumbi depois de três anos no rival e meses de expectativa para que renovasse o contrato. “Muito se fala por aí que o presidente (Paulo Nobre) deixou o contrato na mesa e esperou eu assinar. Mas não foi bem por aí. As coisas demoraram e foram dando tempo para gente pensar”, explicou Wesley em entrevista coletiva nesta terça.
O volante diz ter acertado com o São Paulo em dezembro, depois do fim do Campeonato Brasileiro. Como o contrato com o Palmeiras terminava somente em fevereiro, o atleta ficou dois meses treinando separado do elenco. “Fiquei com a minha família para fazer o tempo passar mais rápido. Logo vou poder fazer o que mais gosto, que é jogar futebol”, comentou.
Esse período difícil ainda teve como repercussão a contagem regressiva organizada pela torcida do Palmeiras até a saída dele. Um grupo chegou a criar um site para aguardar o adeus do volante, que garante não se incomodar com isso.
“Por mais que o torcedor não goste, ele não pode fazer nada e tem que respeitar a decisão do jogador e deixá-lo seguir a vida dele”, disse Wesley, que em três anos do Palmeiras foi campeão da Copa do Brasil, em 2012, e do Brasileiro da Série B, em 2013.
Mesmo como ex-jogador do Palmeiras e com uma transferência polêmica, Wesley não descarta comemorar gol caso enfrente o rival em algum confronto futuro. “Fico longe da minha família e me esforço. Se não comemorar, vou desrespeitar meus companheiros. O gol é resultado de um trabalho árduo e preciso comemorar esse momento mágico”, defendeu.