Em noite de festa e lágrimas, Léo Moura se despediu do Flamengo, com vitória por 2 a 0 sobre o Nacional do Uruguai, nesta quarta-feira, no Maracanã. Com direito à assistência do homenageado. A partir de abril, o lateral-direito vai defender o Fort Lauderdale Strikers, dos Estados Unidos. Mas, antes de ir, o flamenguista Léo Moura teve uma despedida de ídolo, status que conquistou em dez anos no time rubro-negro.
Ao pisar no gramado do Maracanã como jogador do Flamengo pela última vez, Léo Moura não conseguiu conter as lágrimas. Sob gritos de “Léo Moura eterno” e “Fica Capitão”, entoados pelos 30.620 torcedores que vieram se despedir, ele recebeu das mãos de Zico uma placa em homenagem por sua história no clube. Zico, que completou 62 anos no dia anterior, também foi homenageado ao receber um camarote da concessionária que administra o estádio.
Nestes dez anos em que defendeu o Flamengo, Léo Moura viveu altos e baixos. Por algumas vezes, inclusive, ajudou o time a fugir do rebaixamento. Contudo, ostenta um currículo respeitável de títulos pelo Fla – um Brasileiro (2009), duas Copas do Brasil (2006, 2013), cinco Cariocas (2007, 2008, 2009, 2011 e 2014). Além disso, ainda carrega passagens pela seleção brasileira.
JOGO – Em virtude da disputa do torneio Clausura, o Nacional trouxe uma equipe mista ao Rio, sem seus principais jogadores – entre eles, o ídolo botafoguense Loco Abreu. Quanto ao Flamengo, a partida serviu como preparação para a rodada seguinte do Campeonato Carioca.
Os dois times se estudaram bastante nos dez minutos iniciais. Os donos da casa tomaram a iniciativa de sair para o jogo e na base do toque de bola, envolveram os rivais, que se portavam fechados na defesa. Aos 19 minutos, saiu dos pés do homenageado da noite a jogada que resultou no primeiro gol rubro-negro. Na ponta direita, Léo Moura passou para Eduardo, livre na área, completar para o gol.
O primeiro tempo foi disputado pela formação e, após o intervalo, o técnico Vanderlei Luxemburgo testou reservas e alguns garotos da base, que trataram de mostrar serviço. Aos 6, o jovem Matheus Sávio pegou um rebote e marcou o segundo gol do Flamengo.
Pouco depois, Luxemburgo chamou Léo Moura para ser substituído por Pará. Antes de deixar o campo, novamente chorando, o lateral foi aplaudido de pé pelos torcedores. E de forma simbólica passou a braçadeira de capitão para o zagueiro Wallace, que deve assumir o posto.
A partida também marcou o retorno do atacante Paulinho, que sofreu uma grave contusão no joelho em setembro do ano passado. O jogador se movimentou bastante e arriscou dribles de efeito, mostrando estar recuperado. Por fim, o Nacional não apresentou muita resistência e o Flamengo pode encerrar da melhor maneira a trajetória do sétimo jogador que mais vestiu sua camisa.