A alta do preço do petróleo nos últimos dias não muda os planos da Shell para a 5ª Rodada de Partilha de Produção, que será realizado pelo governo brasileiro na próxima sexta-feira. De acordo com o presidente da Shell Brasil, André Araujo, a volatilidade é grande na indústria do petróleo e por isso a estratégia não é feita em cima do preço do dia a dia.
“Não interfere (a alta do preço). A gente vai participar como sempre participou e esse tipo de projeto é de 30 anos e não é o preço do dia que vai definir a nossa estratégia”, disse após almoço na Rio Oil & Gas 2018, maior feira do setor no Brasil.
“Nosso cenário é de volatilidade e, por isso, as empresas precisam ser bem resilientes para não achar que o preço do dia é para sempre”, afirmou. Hoje, o preço do Brent atingiu US$ 80 o barril e analistas apontam para uma tendência de alta.
Ele confirmou a presença da Shell no leilão, mas não deu detalhes. “Vamos estar lá”, limitou-se a dizer.
Sobre a indefinição política pela qual o Brasil atravessa a 13 dias das eleições, Araújo minimizou a preocupação com o próximo ocupante do cargo executivo máximo do País, afirmando que a empresa confia no cumprimento de contratos pelo Brasil.
“Não (temo), são decisões que o País toma. A gente já viveu vários momentos nesses 105 anos de história (da Shell no Brasil), a gente tem um portfólio bom e a gente concorda que o Brasil respeita contratos”, concluiu.