Os juros futuros oscilam perto dos ajustes da quarta-feira, ora com viés de alta, ora com viés de baixa. A alternância no movimento condiz com comportamento do dólar no mercado doméstico, que não teve sinal único logo na abertura. Na manhã desta quinta-feira, 27, a moeda acentuava os ganhos ante o real em linha com o mercado global de moedas.
Nesta quinta, o Banco Central (BC) divulgou Relatório Trimestral de Inflação (RTI). Para o curto prazo, o BC prevê ligeira aceleração da inflação de curto prazo. No cenário de mercado, a instituição espera inflação de 0,38% em setembro, alta de 0,34% em outubro e de 0,15% em novembro. Com esse quadro, a inflação acumulada do trimestre alcançaria 0,87% e o IPCA em 12 meses chegaria a 4,20% em novembro.
Além disso, o BC prevê que a inflação dos anos de 2020 e 2021 atingirá patamar superior ao centro da meta perseguida pela instituição, segundo o RTI. Para 2019, a expectativa é a mesma, porém tal previsão já havia sido anunciada pelo BC.
Na avaliação do economista-chefe do Rabobank, Maurício Oreng, o RTI reforça a chance de a Selic subir em outubro, ainda que qualquer ação da autoridade monetária dependerá da eleição. “Outros riscos cresceram mas há fatores que mitigam repasse cambial”, disse Oreng.
Segundo analista, a reação do mercado é neutra nas taxas. A principal novidade é a revisão para baixo da projeção para o PIB de 2018, que também não chega a influenciar de forma relevante as taxas.
O analista do mercado de juros observa que a aceleração do IGP-M em setembro (1,52%) preocupa, porque traz uma perspectiva negativa para o cenário de inflação. O IGP-M em setembro veio acima da mediana (1,45%) das projeções na comparação com agosto.
Às 9h58, o DI para janeiro de 2021 estava a 9,56% ante 9,55% no ajuste de quarta. O DI para janeiro de 2023 exibia 11,07% ante 11,06% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2025 estava em 11,73% ante 11,72% no ajuste de quarta.