Economia

Ibovespa sobe 0,69%, com Petrobras e outras empresas ligadas a commodities

Na ausência de um noticiário doméstico com maior repercussão, o Ibovespa seguiu o dia em valorização, embalado pelo bom momento da Petrobras e outras empresas ligadas às commodities. O ritmo da alta, porém, foi ditado principalmente por seu correlato direto em Wall Street, o Dow Jones. O índice à vista da bolsa brasileira testou o nível dos 86 mil pontos justamente no momento em que, em NY, o Dow passou a operar no terreno positivo. Mas depois arrefeceu, também com uma nova invertida de tendência do índice americano.

O Ibovespa subiu 0,69% nesta quinta-feira, 1, fechando aos 85.495,24 pontos. O giro financeiro, de R$ 12,3 bilhões, se manteve forte e acompanhou a média do volume registrado no mês de janeiro.

Shin Lai, analista da Upside Investor Research, ressalta que um ambiente macroeconômico de perspectivas favoráveis, como pano de fundo, aliado ao fato de os agentes de mercado estarem considerando uma redução do risco político – com chances maiores de um candidato de centro chegar à Presidência -, atrai fluxo de investimentos. “Isso vai empurrar a bolsa nos próximos meses do ano”, avalia.

Nesse cenário de um presidente pró-mercado, completa, as empresas estatais, como a Petrobras, tendem a se beneficiar, pois fecha espaço para a ingerência do governo e isso as torna atrativas aos investidores. Na sessão de negócios desta quinta, a petroleira foi destaque positivo entre as companhias listadas, com as ações ON e PN fechando em alta de 3,90%, a R$ 22,13, e PN, 4,16%, a R$ 20,52.

Para Márcio Cardoso, sócio-diretor da Easyinvest, as condições econômicas que deram ao Ibovespa o melhor janeiro em 12 anos se mantêm e, muito embora o problema fiscal esteja longe de ser resolvido, está se apequenando. “Se isso fosse resolvido, a bolsa estaria muito mais alta do que vemos hoje, pois os investidores não estão enxergando riscos nem interna, nem externamente”, disse.

Entre os fatores limitantes para o melhor desempenho do Ibovespa no pregão desta quinta-feira, analistas citaram o recuo nas ações do Bradesco, que, muito embora tenha apresentado bons resultados em balanço divulgado nesta quinta, apontou maior provisão para devedores duvidosos. Os papéis PN do banco tiveram desvalorização de 2,65%, a R$ 39,67.

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