O presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse nesta segunda-feira, 5, que a veio a Brasília para discutir com o governo a renovação do Conselho de Administração da companhia. Segundo ele, o mandato dos atuais conselheiros vence no mês de abril e a data de realização da assembleia que elegerá os novos membros está próxima. “Basicamente, estaremos renovando o conselho. Serão poucas modificações, se houver, mas elas podem acontecer”, afirmou após se reunir com o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho.
Segundo Parente, uma das mudanças será a da titular da vaga no conselho dos representantes dos empregados, que, de acordo com ele, não teria demonstrado interesse em continuar no colegiado.
O mandato de Parente como presidente da Petrobras vai até abril de 2019, mas também deve ser formalmente renovado pelo conselho no mesmo período. Ainda nesta segunda, Parente se reunirá com o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, para tratar da renovação no conselho.
Sobre cessão onerosa, Parente disse que a reunião de negociação entre governo e Petrobras está marcada para esta quarta-feira, 7. Ele esclareceu, porém, que não é membro da comissão. “Depois que o processo de negociações começou formalmente, entendo que o melhor é não falar sobre esse assunto para respeitar as negociações, disse ao ser questionado se a revisão do contrato de cessão onerosa será paga em dinheiro, como afirmou o secretário de Petróleo e Gás do MME, Marcio Félix na semana passada.
Parente também foi questionado sobre a oscilação dos preços da gasolina para o consumidor. Ele reiterou que a Petrobras vai manter a sua atual política de reajuste. “Não temos poder de formar preço. O petróleo é uma commodity internacional que tem sua formação de preço pelo mercado”, afirmou. “A Petrobras não pode correr o risco de impor distorções em seu balanço praticando preços diferentes da realidade internacional. Não podemos fazer isso”, disse.
O presidente da Petrobras destacou, porém, que o preço praticado pela empresa nas refinarias representa apenas um terço do valor cobrado dos consumidores. “O problema certamente não está nesse um terço, que é uma parcela menor do que o valor total. Certamente, a questão não é a Petrobras”.
Ainda nesta segunda, Parente também deve ter reuniões no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo ele, trata-se de reuniões institucionais, a exemplo da realizada na semana passada com a procuradora-geral da República, Raquel Dodge.