A caderneta de poupança fechou o mês de janeiro com saque líquido de R$ 5,201 bilhões. O valor reflete o montante de recursos que os poupadores sacaram da caderneta, já descontados os depósitos no período. Este foi o primeiro mês de retiradas líquidas após dois meses consecutivos de depósitos.
Apesar de negativo, o resultado para a poupança foi o melhor para meses de janeiro desde 2015, quando houve saques líquidos de R$ 5,529 bilhões no primeiro mês do ano. Em janeiro do ano passado, houve saques líquidos de R$ 10,735 bilhões e, em dezembro de 2017, depósitos líquidos de R$ 19,373 bilhões.
Os últimos dias úteis de janeiro foram importantes para amenizar o resultado negativo. Apenas em 30 e 31 de janeiro, R$ 3,650 bilhões líquidos foram depositados na poupança.
No entanto, janeiro é, tradicionalmente, um mês em que há tendência maior, entre as famílias, de saques na poupança. Isso porque os brasileiros arcam com despesas de início de ano, como o pagamento do IPTU em várias cidades e do IPVA, além das mensalidades escolares.
De acordo com o BC, o total de saques na poupança em janeiro de 2018 foi de R$ 191,718 bilhões, enquanto os depósitos somaram R$ 186,516 bilhões. O estoque do investimento na poupança está em R$ 722,364 bilhões, já considerando os rendimentos de R$ 2,961 bilhões de janeiro.
Em 2017, a poupança registrou depósitos líquidos de R$ 14,775 bilhões. Nos anos de recessão, em 2015 e 2016, houve saques líquidos de R$ 50,149 bilhões e R$ 31,223 bilhões, respectivamente.
Como a Selic está atualmente em 7,00% ao ano, a remuneração da caderneta é formada pela TR mais 70% da Selic (a taxa básica de juros). Na noite de quarta-feira, 7, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anuncia o novo patamar da Selic, sendo que a expectativa é de que a taxa caia a 6,75% ao ano. Na prática, isso significa que a remuneração da poupança também vai diminuir.