Sem um driver específico para dar o tom aos negócios no pregão desta quinta-feira, 15, o Ibovespa operou durante toda a sessão sustentando a alta e com baixo grau de volatilidade. O índice à vista abriu com valorização, teve impulso com o início das negociações de seus pares em Wall Street para, na parte da tarde, flutuar ao redor de 1%. Fechou com ganhos de 0,90%, aos 84.290,56 pontos, voltando a superar o nível de 10% de ganhos no acumulado deste ano. O giro financeiro do pregão chegou a R$ 11,1 bilhões.
De acordo com Thiago Figueiredo, gestor da Horus GGR, a alta desta quinta, mesmo que bem mais contida que na quarta-feira, está ligada mais aos fundamentos econômicos do país do que a notícias. A ata do Comitê de Política Monetária (Copom), mais suave e indicando ainda haver espaço para mais um corte na taxa básica de juros na reunião de março, também ajudou no movimento positivo.
Quase no fim da sessão, nem mesmo a acelerada do ritmo de alta dos preços do petróleo no mercado internacional, com impacto direto sobre as ações da Petrobras, e dos índices em Nova York foi capaz de acelerar o Ibovespa. Os papéis ON e PN da petroleira brasileira fecharam em alta de 1,72% e 0,78%, respectivamente. Entre as blue chips ganha destaque Vale ON, que terminou o pregão com valorização de 3,24%, mesmo após ter subido quase 6% ontem.
Para ele, os fundos de investimento estão ingressando na renda variável ao mesmo tempo em que o fluxo de não-residentes diminui. “O estrangeiro está devolvendo ao longo de fevereiro a forte entrada que vimos no primeiro mês de 2018.”
De acordo com a B3, os investidores estrangeiros retiraram R$ 905,934 milhões no pregão da última sexta-feira (09). Com o resultado, em fevereiro o fluxo estrangeiro já está negativo em R$ 4,324 bilhões, após o sexto pregão consecutivo de retiradas. Em 2018, o saldo está positivo em R$ 5,225 bilhões.
Segundo Ariovaldo dos Santos, gerente da mesa de renda variável da H.Commcor, a melhora do bom humor externo contribui para a continuidade dos ganhos na sessão de hoje. “Voltamos para perto dos preços do pico”, lembrou. No dia 26 de janeiro, o Ibovespa fechou aos 85.530,83 pontos (+2,21%).