Mesmo em meio ao movimento de renovação de máximas da bolsa e mínimas do dólar no mercado doméstico, os juros futuros pouco oscilaram durante a tarde e fecharam perto dos ajustes anteriores nesta quarta-feira, 17. Profissionais da área de renda fixa afirmam que como a quarta-feira foi de noticiário esvaziado e agenda sem destaques não houve um catalisador firme para os negócios.
Com volume abaixo do padrão nesta sessão, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) fechou com taxa de 6,905% (máxima), de 6,900% no ajuste de terça, e a do DI para janeiro de 2020 passou de 8,05% para 8,06%. A taxa do DI para janeiro de 2021 terminou em 8,91%, de 8,89% no ajuste anterior, e a do DI para janeiro de 2023 fechou em 9,68%, de 9,67%.
Na última hora da sessão regular, houve um aumento de apetite pelo risco no exterior que elevou a demanda pelas ações e enfraqueceu o dólar. Os índices acionários em Nova York ampliaram os ganhos e o Ibovespa renovou as máximas, diante da possibilidade de um acordo entre parlamentares republicanos para estender temporariamente o teto da dívida dos Estados Unidos.
Segundo a agência Associated Press, o presidente da Câmara dos Representantes, Paul Ryan, costura um acerto dentro do Partido Republicano para manter o governo americano em funcionamento até 16 de fevereiro. O nível atual do teto expira na sexta-feira, 19.
Perto das 16h30, o Ibovespa rompia mais um patamar histórico, o dos 81 mil pontos, ao bater a máxima de 81.000 (+1,46%), embalado pelos ganhos superiores a 3% das ações da Petrobras, além de avanço firme dos papéis do setor financeiro e da Vale.
O dólar à vista era negociado em R$ 3,2150 (-0,38%). Lá fora, o dólar também perdeu terreno ante as moedas fortes, como mostra a virada de sinal para o negativo do índice DXY, e também ante as divisas de países emergentes.
No mercado de juros, essa melhora de humor, no máximo, reduziu, ou apagou em alguns casos, o viés de alta com que alguns contratos vinham operando, colocando as taxas na estabilidade. “Estamos num cenário de baixas variações por causa da falta de notícias. Em janeiro o calendário está esvaziado, é um mês morto para o Congresso”, afirmou o estrategista de renda fixa da GS Research, Renan Sujii.