O fluxo cambial segue negativo no mês de fevereiro. Dados preliminares apresentados pelo Banco Central indicam que US$ 1,987 bilhão deixaram o Brasil em fevereiro até o dia 22, informou nesta segunda-feira, 26, o chefe do departamento de estatísticas do BC, Fernando Rocha.
Dólares têm saído do Brasil graças às operações no setor financeiro, que registrou saída líquida de US$ 4,580 bilhões no mês até o dia 22. O valor é resultado de retiradas no valor de US$ 30,648 bilhões e de ingressos no total de US$ 26,067 bilhões. Nesse valor, estão reunidos investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações.
No comércio exterior, o saldo de fevereiro até o dia 22 é positivo em US$ 2,592 bilhões, com importações de US$ 8,071 bilhões e exportações de US$ 10,664 bilhões. Nas exportações, estão incluídos US$ 2,206 bilhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 2,502 bilhões em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 5,956 bilhões em outras entradas.
Câmbio
Os bancos aumentaram a posição vendida no câmbio à vista em fevereiro. Dados preliminares do Banco Central indicam que a posição vendida cresceu de US$ 15,056 bilhões no fim de janeiro para US$ 17,060 bilhões em 22 de fevereiro.
No jargão financeiro, “estar vendido” representa crença de queda da cotação da moeda ou que se acredita que os juros internos serão mais elevados do que a valorização do dólar em determinado período.
Estar “comprado” significa, na maioria das vezes, que o mercado fez hedge de passivo cambial. A posição também pode estar atrelada à expectativa de que a cotação do dólar vai subir porque, ao ter a moeda em caixa, é possível lucrar com uma eventual alta das cotações.