Economia

Em movimento global de alta, dólar fecha no patamar de R$ 3,16

Esta segunda-feira, 29, foi de correção para o dólar em escala global, depois das fortes perdas da divisa na semana passada. O câmbio doméstico acompanhou o exterior, e a moeda americana subiu para a casa dos R$ 3,16, depois de ter alcançado o patamar de R$ 3,13 no fim da semana passada. Segundo profissionais do mercado, a agenda dos Estados Unidos desta semana – que incluiu a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), na quarta-feira, e os dados do mercado de trabalho relativos a janeiro, na sexta – é fator de pressão sobre os rivais do dólar.

A moeda americana tende a ter alguma recuperação ao longo da semana, “principalmente se forem confirmados os indicadores favoráveis de emprego nos Estados Unidos”, afirmaram analistas da Lerosa Investimentos, em relatório. A expectativa com a reunião do Fed também traz cautela aos negócios, destacaram.

“As discussões recentes por parte da alta cúpula do governo Trump sobre a vantagem ou não de um dólar desvalorizado mantêm apreensão sobre os investidores”, acrescentaram os profissionais. O recuo do petróleo no mercado internacional foi outro fator para a desvalorização de moedas de países emergentes.

“Tivemos hoje uma correção global nos mercados”, comentou Bruno Foresti, gerente de câmbio do Ourinvest. De acordo com Foresti, a tendência, no entanto, é que o dólar se mantenha abaixo dos R$ 3,20, podendo recuar a até R$ 3,08, em função do forte fluxo de entrada de recursos no País.

No campo doméstico, profissionais disseram que não houve fatores que afetassem o câmbio nesta sessão. Sobre a reforma da Previdência, a leitura é de que a chance de aprovação da proposta em fevereiro já era remota e que, se isso ocorrer, será um “plus” no cenário positivo previsto para o mercado local no curto prazo.

O dólar à vista fechou em alta de 0,86%, a R$ 3,1656. O giro foi de US$ 1,263 bilhão. No mercado futuro, o dólar para fevereiro terminou com ganho de 0,06%, a R$ 3,1565. O volume foi de US$ 16,854 bilhões.

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