Economia

Bolsas da Europa fecham em alta, com reação apoiada por notícias corporativas

As bolsas europeias tiveram um início de jornada mais negativa nesta quarta-feira, 7, porém se recuperaram durante o pregão e fecharam na grande maioria em alta. A preocupação com o risco de uma guerra comercial esteve no radar dos investidores, mas algumas notícias positivas do setor corporativo se sobrepuseram ao longo da jornada.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,36%, em 372,71 pontos.

Depois do fechamento de ontem em Nova York, o principal assessor econômico da presidência americana, Gary Cohn, anunciou que deixará o governo dos Estados Unidos. A notícia pressionou os mercados na Ásia e também inicialmente na Europa, diante da avaliação de que com isso aumentam as chances de o presidente Donald Trump impor tarifas à importação de aço e alumínio. Autoridades americanas têm dito que pretendem realizar intervenções “cirúrgicas” na questão comercial, mas vários países e também outros agentes têm alertado para as consequências inesperadas de medidas do tipo e para o risco de uma guerra comercial.

Notícias corporativas, porém, se sobrepuseram ao longo do pregão. Um destaque foi a Rolls Royce, que avançou 11,46% em Londres após a montadora britânica informar que atingirá suas metas financeiras para 2020 e apresentar lucro operacional superior ao esperado para 2017. Telecom Italia, por sua vez, subiu 1,86% em Milão, após divulgar balanço com receita acima da previsão dos analistas. Além disso, a ação da Renault subiu 5,64%, em meio a relatos de que a Nissan poderia comprar a participação do governo francês na montadora, embora o governo francês depois tenha negado a informação.

Na agenda de indicadores, o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro avançou 0,6% no quarto trimestre ante o anterior e 2,7% na comparação anual, mostrou a terceira leitura do dado. Os números vieram como esperado pelo mercado.

Investidores também monitoraram as negociações entre a União Europeia e o Reino Unido para a saída do país do bloco, o chamado Brexit. Hoje, a UE sinalizou que o governo de Londres terá dificuldades em conseguir todos os seus desejos na área comercial. Há expectativa para se saber como ficará o setor financeiro britânico e que laços ele poderá manter com a Europa continental.

Na bolsa de Londres, o índice FTSE-100 fechou em alta de 0,16%, em 7.157,84 pontos. Entre os bancos britânicos, Lloyds subiu 1,04%, mas Barclays recuou 0,19%. A mineradora Glencore teve queda de 0,29%, enquanto a petroleira BP caiu 0,33%. Já a varejista Tesco subiu 0,14%.

Em Frankfurt, o índice DAX avançou 1,09%, a 12.245,36 pontos. Adidas, Allianz e Basf subiram 0,40%, 0,95% e 1,40%, respectivamente, entre os papéis mais negociados. Lufthansa se destacou, em alta de 3,30%, mas Beiersdorf recuou 0,14%.

Na bolsa de Paris, o índice CAC-40 teve ganho de 0,34%, a 5.187,83 pontos. Air France-KLM foi um dos destaques, em alta de 4,72%, enquanto a petroleira Total subiu 0,14%. Já o banco Crédit Agricole recuou 0,84%

Em Milão, o FTSE-MIB subiu 1,22%, a 22.473,47 pontos. No setor bancário italiano, Intesa Sanpaolo subiu 1,14% e Banco BPM avançou 1,71%. Fiat teve alta de 1,04%, enquanto a petroleira Eni subiu 1,38%.

Na bolsa de Madri, o índice IBEX-35 fechou com alta de 0,13%, a 9.599,30 pontos. BBVA caiu 0,30%, Santander subiu 0,09% e Banco de Sabadell ganhou 0,30%. Nyesa Valores, por outro lado, teve queda de 5,01%.

Em Lisboa, o índice PSI-20 foi na contramão da maioria e caiu 0,28%, a 5.339,43 pontos. Banco Comercial Português e Altri recuaram 1,49% e 1,50%, respectivamente, e Galp Energia teve baixa de 1,35%. (Com informações da Dow Jones Newswires)

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