Os juros futuros operam com viés de baixa na manhã desta segunda-feira, 12, apoiando o cenário para corte da taxa Selic neste mês em meio a declarações do presidente do Banco Central e após a pesquisa Focus. O viés de baixa do dólar futuro de abril está no radar.
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse mais cedo em um evento em São Paulo que o processo de inflação baixa continua, “o que é positivo”, e que a inflação de alimentos segue benigna, assim como o cenário internacional.
Além disso, o boletim Focus revisou para baixo as projeções para IPCA para 2018 e 2019. A mediana para o IPCA este ano caiu de 3,70% para 3,67%. Já a projeção para o índice em 2019 recuou de 4,24% para 4,20%.
Às 9h43 desta segunda, o DI para janeiro de 2019 caía a 6,420%, de 6,449% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2020 recuava a 7,25%, de 7,29%, enquanto o vencimento para janeiro de 2021 marcava 8,21%, de 8,25% no ajuste anterior. Já o DI para janeiro de 2023 estava a 9,15%, de 9,19% no ajuste de sexta-feira. No câmbio, o dólar futuro de abril recuava 0,09%, aos R$ 3,2610.
Mais cedo, foi informado que o IPC-Fipe, que mede a inflação na cidade de São Paulo, caiu 0,42% na primeira quadrissemana de março, repetindo a variação do encerramento de fevereiro.
Na sexta-feira, após a divulgação do IPCA de fevereiro (+0,31%) e do relatório de emprego dos Estados Unidos, os juros futuros fecharam com viés de baixa e os longos, de alta. A curva de juro precificava 82% de chance de corte de 0,25 ponto porcentual da Selic este mês, para 6,50%, e 18% de possibilidade de manutenção da taxa, segundo cálculos da Quantitas Asset.